Mapa da Violência - O Acre bem na foto, embora...

A análise do Mapa da Violência publicado pelo Insituto Sangari precisa ser realizada com critério e reservas. Em primeiro lugar porque a pesquisa trata apenas e tão somente dos dados de homicídio que, sabemos todos, embora seja o clímax da violência, não a retrata em toda a sua dimensão. Em segundo lugar, porque observado ligeiramente pode mascarar os reais dados da criminalidade como um todo, ou seja, nem sempre a criminalidade e a violência resultam em homicídios. Portanto, não se deve tomar o "Mapa" como estatística sobre a segurança de modo geral.

Recentemente vem sendo divulgado que no Rio de Janeiro, o propalado êxito do programa de Unidades Pacificadoras que fez despencar o número de homicídios e agressões nas favelas ocupadas deve-se de fato a negociações realizadas entre policia e traficantes. Algo do tipo "Trafiquem, mas não matem". O resultado é que a bandidagem está bombando sob a guarda do própio estado. Numa situação dessas, a criminalidade diminuiu ou cresceu? Na estatística aparecerá como declínio.

Assaltos à mão armada, invasão de residências, tráfico de drogas, agressões contra a mulher, furtos, roubos e estupros que afetam gravemente a nossa sensação de segurança e enchem de boletins as delegacias não aparecem no Mapa do Sangari.

Alguém poderá sugerir que esta segunda violência acompanha a primeira (o homicídio). Será? Está ai o caso do Rio de Janeiro para dizer que não. 

Com estas ressalvas é bom que o Acre, por exemplo, apareça bem no Mapa dos Homicídios (ver aqui ). Segundo a pesquisa, entre 1997 e 2007 o Acre despencou da 12ª para a 22ª posição no ranking de homicídios por número de habitantes. Rio Branco caiu de 12ª para 21ª capital mais violenta. Não é pouco, embora não traduza fielmente a violência, a criminalidade e a sensação de segurança da população.

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