O Acre sumiu parcialmente na pesquisa do IPEA. Mesmo assim deduz-se que a geração de renda é o XIS da questão.

Ocupou boa parte dos telejornais desta terça-feira, a pesquisa do IPEA (ver aqui ), que segundo alguns analistas saiu agora de encomenda para dar estardalhaço à diminuição da miséria nos últimos anos e projetar sua erradicação se tudo "continuar" etc e tal. Fui dar uma olhada para ver a quantas anda o meu querido Acre. Surpresa! Não está lá. As tabelas e gráficos referentes aos estados excluem sem nenhum aviso o Acre e Roraima dos principais dados.

Os dois estados só aparecem nos gráficos relacionados à taxa de crescimento necessária para que cada unidade federativa e o Brasil erradiquem ou diminuam pobreza a 4% da população até 2016. Quando informa sobre o percentual de pobreza absoluta, de pobreza extrema e o índice de desigualdade da dsitribuição de renda, o IPEA esqueceu Acre e Roraima. Terá sido a pressa?

Mesmo assim os dados permitem destacar:

1. Entre os estados da Região Norte, o Acre é o que apresenta o maior nível de pobreza extrema em 2008 (20,1% da população). Por causa disso, precisa diminuir a pobreza a taxas de 2,5% ao ano (a maior da região) para que em 2016 a pobreza extema seja praticamente erradicada (0,1% da população).

2. O Acre é também o estado que apresenta o maior índice de pobreza na Região (44,2% da população). Se tiver um decréscimo da pobreza da ordem de 2,9% ao ano, em 2016 ainda terá nesta faixa nada menos que 19,4% da população. Algo como a situação atual do Rio G. do Sul.

Como se vê, embora os dados do Acre estejam incompletos, esmiuçando direitinho dá pra deduzir que continuamos a depender de um projeto de desenvolvimento realmente direcionado para a geração de emprego e renda. A pesquisa do IPEA, por ser atual, dá uma boa indicação aos candidatos do que fazer para o Acre ir pra frente e em seis anos reduzir drasticamente a pobreza. A pergunta é: Podemos alcançar esta meta? Pensemos.

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