Tião Viana e Tião Bocalom com Alan Rick.
Assisti neste fim de semana as entrevistas dos candidatos ao governo do Acre, Tião Viana e Tião Bocalom concedidas ao programa do Alan Rick nos dias 20 e 22 (semana passada). Dois personagens e duas visões de estado bem diversas.
Como candidato da continuidade, Tião Viana tem a seu favor o que foi feito e tem contra si o que, prometido, não foi realizado. Por isso dedica muito tempo a explicar e a fazer remissões ao passado, a ancorar propostas em projetos e personagens anteriores. Afirma desse modo a existência de um projeto no qual acredita e a disposição de dar continuidade, fazendo o aprofundamento e expansão de suas conquistas. Mas isto é mais do mesmo.
Penso que o momento é de debater o futuro. As pessoas estão vivamente interessadas é em saber o que vem agora, o que se pode esperar além de mais do mesmo. Interessante notar que, por outros elementos de comunicação, o candidato demonstra essa visão, mas a explorou muito pouco na entrevista. Somente ao final falou em industrialização e nos setores produtivos.
Como candidato da oposição, Tião Bocalom tem a seu favor a liberdade da crítica e da proposição. Contra si a ausência de uma base técnica e o pouco conhecimento da máquina governamental e do cenário nacional. Poderia superar a deficiência se dedicasse parte de seu tempo e esforços a conceber um projeto para o Acre, mas parece acreditar no “deixa comigo que eu sei o que fazer”.
Pela falta de um programa elaborado, as críticas e propostas do candidato, mesmo aquelas completamente fundamentadas, parecem tiros no ar. Suas propostas quase nunca estão amparadas em fontes e volumes adequados de recursos. Falta um eixo programático, sobram boas intenções.
De qualquer modo, estamos apenas começando a campanha. Aguardemos.
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