Cuidado com o fotógrafo!

Sei que em campanha política o candidato não se livra de certos constrangimentos. Café frio, almoço em prato mal lavado, água em copo imundo, beijo em menino com a cara melecada, cheiro no cangote de quem há tempos não viu um sabonete, aperto de mão em quem acabou de sair da privada sem pia, cochicho de quem não escova os dentes... É do jogo. Mas tem coisa que não se deve fazer nem que signifique alguns votos perdidos. Uma delas é se deixar fotografar ou filmar em más companhias.

Fotos são como atestados. Se a foto é junto, dá idéia de afinidade, de convergência ou, no mínimo, de cordialidade. Um exemplo: O cara viaja à Roma e numa dessas consegue ficar junto ao Papa. Beija-lhe a mão e alguém faz a foto. É claro que ninguém vai pensar que o sujeito é amiguinho do Santo, mas fica a certeza de que professam a mesma religião. Outro exemplo: O sujeito topa no aeroporto com um astro do rock e faz a foto. Nunca mais se verão na vida, mas com certeza ambos curtem o mesmo tipo de música.

Do pondo de vista do Papa e da celebridade, nada acontece. Mas do ponto de vista do político, alguém pode pensar "quem com porcos se mistura...". Fica o conselho.

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