O "filho da Cissa".

Assistimos nos últimos dias a superexposição do atropelamento e morte do jovem Rafael, filho da atriz Cissa Guimarães. O músico divertia-se no skate e foi pego por um veículo cujo motorista estaria fazendo um "pega" com um amigo. Ainda não se sabe com precisão o que ocorreu. Depois vieram acusações de corrupção policial, fuga e por ai vai. 

O que me chama a atenção é o excesso, é o empenho das reportagens em transformar o caso em algo extraordinário. Fico com a impressão de que estou obrigado a chorar esta mais que as outras mortes no trânsito, nos assaltos, nos pegas da vida. Fica parecendo uma espécie de "sabe quem voce atropelou?", uma variante macabra do "sabe com quem está falando?" . E se não fosse o "filho da artista da Globo"? Arrisco:

Se não fosse o filho da Cissa, mas o Rafael da Silva, um garoto comum de classe média, os policiais teriam recebido tranquilamente a grana do suborno - os dez mil cobrados do pai do autor do atropelamento, as televisões teriam emudecido após a primeira noticia, os jornais não falariam no assunto e o Rafael seria apenas mais um na estatística. Que Deus tenha o Rafael.Um tanto quanto o outro.

Comentários

  1. Na verdade o garoto Rafael morreu por imprudência e o Rafael que o atropelou o fez por ser imprudente e irresponsável. Rafael Mascarenhas não deveria estar no túnel praticando skate, para isso devem existir praças especializadas onde esses desocupados podem fazer as piruetas que quiserem. O Rafael que dirigia o carro, estava no lugar errado, na hora errada e fazendo coisa errada. Na realidade o mais errado de todos são as autoridades, que interditando o túnel não o fizeram adequadamente e não tinham apoio policial que impedisse a invasão do túnel. Todavia, o Rafael motorista, deve ser responsabilizado, pois, entrando num túnel que estava interditado, andando em alta velocidade, assumiu o "risco" de que pudesse acontecer um acidente.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Tá na Bíblia que chantagem é pecado?

Às vezes é apenas o que é. Mas a militância gay não perdoaria.

Peidei mas não fui eu.