Quando rasgar dinheiro não é sinal de loucura.

"Certo dia, bateu à porta um menino tão magro e de olhos tão tristes que ela rasgou ao meio a única nota que tinha. Ficou com metade da cédula e deu a outra metade ao menino. Dilma não sabia que meio dinheiro não valia nada. Mas já sabia dividir".

Com esta nota os marqueteiros da dona Dilma querem estimular nossos instintos mais doces. Quanta bondade, quanto despreendimento, não? A historinha me fez lembrar uma parecida que aconteceu comigo e serve até hoje para que minha família acuse a minha "tolerância zero" com determinadas situações. Relato abaixo.

Naquele tempo havia cinema em quase todas as cidades. Em Mossoró - RN, onde cresci, ainda nos anos sessenta existiam três, embora a população urbana não passasse de uns 40.000 habitantes. Eu e meu irmão mais novo íamos ao cinema sempre no domingo à tarde, era o vesperal. Certa vez, meu pai me deu uma nota cujo valor era suficiente para pagar os ingressos dos dois e comprar algumas balas ou saquinhos de pipoca. Tudo certo até que meu irmãozinho cismou de querer a parte dele no dinheiro. Argumentei que era impossivel e tal. Ele insistiu, insistiu, insistiu e começou a chorar no meio da rua. Eu não tive dúvidas, rasguei a nota ao meio e dei-lhe uma metade. Igualzinho consta na historinha da dona Dilma. Chegando ao Cine Pax, pedi na banquinha de revista uma cola, recuperei a cédula e fomos ver Giuliano Gemma lutar contra Black Jack em "O Dólar Furado".

A nota acima não diz a idade que tinha a candidata Dilma à sua época, mas eu tinha 10 anos e fiquei o tempo todo de ôlho na metade que meu irmão pôs no bolso. Eu era criança e impaciente, mas não era burro.

Comentários

  1. A tentativa de passar a imagem de uma pessoa de carrancuda, grosseira entre outras adjetivaçãoes para uma pessoa humana, solidária, defensora dos pobres, é mais complicada do que parece, não vai ser com historinhas, estilo maurício de souza, que se consiguirá.
    Realmente Valter burrice é uma coisa que passa bem longe de ti.

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  2. Sem falar que ela parece um robocop, dura, masculinizada..., um contraponto com a outra candidata mulher, Marina Silva, que é mais serena e feminina, sem contudo fugir do embate nas horas críticas. Dilma carece de maleabilidade e sensibilidade, do contrário vai estar sempre em meio a saias justas com a imprensa que não perdoa esquerdistas acéfalos.

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