Às vezes é apenas o que é. Mas a militância gay não perdoaria.

Até a semana passada eram meus vizinhos uma dupla masculina de gays. Um médico e um farmaceutico. Embora notássemos um entra e sai exagerado e fora de hora (de madrugada) de gente cujo aspecto e modos nunca permitiria na minha casa, a não ser pelo cheiro de cigarro que deixavam no elevador nunca nos incomodaram, afinal, não tenho nada a ver com o que fazem em ambiente privado e muito menos com o uso que dão aos seus órgãos. Mas o vizinho de baixo tinha.

De fato, aqui onde moro, por falha na construção, o barulho que se faz no andar de cima repercute no de baixo com muita nitidez. Foi ai que o bicho pegou. O vizinho de baixo encontra minha esposa e pergunta: "Esses viados ai em cima não incomodam a senhora não?" Minha esposa diz que não, que do lado não percebemos o barulho etc. Ai o vizinho retruca: "Pois é. Eu é que tenho que aguentar esses machos gemendo enganchados sobre a minha cabeça a noite toda". Resultado: Depois de alguns dias de negociação, não teve jeito. O condomínio "entregou" a dupla à direção da clínica (dona do apartamento) em que trabalham que os retirou de lá. Agora estão enganchados longe daqui e do Júnior (vizinho de baixo).

E aí? Alguma homofobia no comportamento do vizinho de baixo que atuou para se livrar da barulheira no andar de cima? Não, né? Ahh. Ia esquecendo. O vizinho de baixo é evangélico.

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