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Subsídio com nome e sobrenome - bolsa verde.

Desde que se começou a cogitar o impulso às atividades extrativistas ditas sustentáveis na Amazônia, como se elas fossem economicamente viáveis e fossem salvar as populações tradicionais da miséria e gerar uma economia significativa, venho contestando colegas economistas, agrônomos e mesmo políticos da região, especialmente do Acre, onde se implementou um projeto denominado florestania com essa formulação. Já que os seus planejadores foram renitentes, foi preciso o tempo me dar razão. Perderam. O governo federal criou recentemente o Bolsa Verde. Trata-se de injetar mais 100 reais por mês por família residente em Unidades de Conservação e em Projetos de Assentamento Extrativista. Mais uma política de contenção de agravos ao meio ambiente e de sustentação à subsistência das famílias. Esse é o centro da política social do governo. No caso, a bolsa verde que somada à bolsa família e outros programas tentarão manter as populações locais. Vai dar certo? Não se pode garantir. Sei, porém, qu...

A lição que nem a FPA nem o Altino nem a Marina querem assimilar.

Como sempre, leio com muita atenção o que diz o Altino Machado em seu Blog, o mais prestigiado entre os acreanos e, talvez, da Amazônia. Em seu último post ele identifica nos resultados eleitorais recentes, uma lição dos eleitores que, segundo ele, reclamam da atual maneira de governar adotada pela FPA. Aponta razões do tipo  "o governo é perseguidor", "o governo cerceia a imprensa", "mente demais na propaganda", "o pessoal do governo é muito arrogante", "só tem vez no governo uma panelinha", "que manda mesmo é gente de fora", "acreano não tem vez" que explicariam o fio da navalha em que se encontra a florestania. Ainda que concorde que as razões citadas estão mesmo por ai, desconfio que são tópicas. Estas não são as razões do povão. Sinto dizer, mas o buraco é mais embaixo, sim senhor. A razão de fundo é, principalmente, a limitada capacidade do projeto em curso de gerar empregabilidade e real desenvolvimento econ...

Acre. No pós-eleição visões diferentes sobre o aperto que o governo da FPA levou.

Graças à TV Gazeta pudemos nos dias pós-eleição ver boas entrevistas dos principais candidatos eleitos no Acre ao Alan Rick. Como a eleição foi plebisictária, dois lados se opõem. Recolho dos candidatos os principais pensamentos relativos ao Acre. Dos governistas. Jorge Viana (senador eleito) "Sem a Marina e o Tião no Senado, vou trabalhar dobrado". "Não dá pra tirar lições das eleições agora". "O Binho está fazendo um grande trabalho" "Avaliação, só daqui há um mês". "Precisamos consolidar uma economia de base florestal" "A população tá gostando mas quer que mude." "Há uma distancia entre governo e povo". Perpétua Almeida. (deputada federal reeleita) "Há uma fadiga natural". "É preciso humanizar o governo". "Tem eleitor que votou na oposição só pra dar um susto". "É preciso passar a mão no ombro". Leonardo Brito. (Presidente regional do PT e primeiro suplente...

Eleições no Acre. No horizonte, o rompimento da "semi-estagnação virtuosa".

Pela reação de alguns setores à visita da senadora do DEM ao Acre e ao comportamento do Governador Binho Marques, ficamos sabendo que no governo ou na Frente Popular do Acre - FPA, como queiram, existem duas correntes - uma ambientalista e outra desenvolvimentista. Consta até que o afastamento da Marina tem algo a ver com isso. Se assim é, creio que temos então um bom motivo para debate, pois as divergências internas da Frente se revelariam programáticas e não apenas contigências eleitorais. Sinceramente, penso que o que chamam de desenvolvimentismo é na verdade a compreensão da necessidade de dar respostas efetivas aos problemas mais relevantes. Quem assume ou se propõe a assumir efetivamente a responsabilidade de governar e produzir resultados objetivos, mensuráveis e adequados à realidade dura dos dados da economia, do emprego e dos indicadores sociais, é obrigado a dedicar sua capacidade criativa e gestora a corrigir os rumos do próprio governo como investi...

"Pra voce vencer na vida". Um anúncio de progresso ou fadiga intelectual?

Contrariamente ao que li de jornalistas acreanos, certamente muito mais entendidos no assunto do que eu, penso que o slogan de campanha "Pra voce vencer na vida" do candidato ao governo pela FPA, Tião Viana, diz muita coisa. Explico: 1. Em primeiro lugar e, mais evidente, o slogan  remete para a idéia de que a política serve para que o indivíduo cresça na vida, ou seja, ele, o indivíduo, é o destinatário das políticas públicas e não a comunidade, o grupo, a tribo ou qualquer outra fração social. Isto tem nome, e não é socialismo ou algo que o valha. 2. Em segundo lugar, vem a idéia de vencer como sinônimo de subir na vida, ou, em outras palavras, progredir, ganhar dinheiro, se possível enriquecer. Esta é uma declaração de que o Estado tem como função promover o cidadão em suas potencialidades. 3. Em terceiro lugar, Tião Viana anuncia uma era de oportunidades, sem o que não haveria como o indivíduo vencer na vida. Isto significa a determinação no sentido de alarg...