Senado debate Estatuto da Igualdade Racial
Não fui, como gostaria, à audiência pública que aconteceu hoje na Comissão de Assuntos Sociais do Senado Federal, que discutiu o famigerado “Estatuto da Igualdade Racial” proposto pelo senador gaúcho Paulo Paim, mas assim que pude assisti as exposições pela TV Senado.
Desta vez não havia, como recentemente na Câmara dos Deputados, apenas bate bumbos do racialismo. Houve contraditório. De um lado, os que supõem acabar com o racismo existente no Brasil abrindo brechas na igualdade e empurrando para dentro das universidades e do campo de trabalho afrodescendentes aprovados por tribunais raciais. De outro, os que apostam na manutenção da igualdade como cláusula pétrea, na punição severa de comportamentos racistas e em políticas de eliminação da pobreza, o que no bojo traria a promoção integral da sociedade incluindo os afrodescendentes.
Paralelamente, os anti-racialistas desconfiam que leis racialistas embutam uma clivagem nociva da sociedade brasileira a partir da cor da pele, o que pode se constituir matriz de ódios raciais que nunca houve no Brasil.
O representante do Movimento Negro Socialista cogitou: Imagine-se que determinada empresa em seu direito de receber os incentivos fiscais previstos na Lei resolva demitir brancos e em seu lugar contratar afrodescendentes, o que fariam os demitidos? Contra quem destinaria seu rancor?
Este é apenas um exemplo de como uma lei perversa pode ser extremamente danosa à sociedade e, ao invés de fazer diminuir problemas raciais, criar uma perspectiva de fracionamento e diferenciação formal qualificando pessoas pela cor da pele.
A cada debate como o de hoje dissolvem-se as pseudo-razões apresentadas pelos defensores de politicas raciailstas. Muitas vezes políticos oportunistas e organizações idem.
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