Quando a sociedade tolera a má conduta...


A “Marcha para Jesus” liderada nesta segunda-feira em São Paulo pelo casal Hernandez, donos da “Igreja Renascer” contou, segundo a Policia Militar, com nada menos que 1 milhão de crentes.

COMENTO

Embora não seja segredo para ninguém que Estevam e Sonia Hernandez cumpriram pena nos Estados Unidos por crime financeiro,  a dupla, tendo ao lado o Senador Crivela, sobrinho do dono da outra “igreja”, fez tranquilamente sua demonstração de força e de importância eleitoral. No discurso, a bronca contra o preconceito.

Fé não se discute. Qualquer um tem a sua e pronto. Se alguém se sente bem entregando seu salário na porta de um templo, problema dele. Se outro se sente mais saudável depois de uns rodopios sob as mãos postas de um “obreiro”, problema dele. Cada cabeça uma sentença, como dizia meu pai.

O problema é nosso quando aqueles que orientam-recebem as manifestações de fé das pessoas transformam este vínculo em instrumento de manipulação política. Isso nunca deu certo. Em lugar nenhum a mistura de fé com política frutificou bem. É grande o risco de promover ou absolver quem não presta.

Pelo jeito, virou moda. Todo mundo é vítima de preconceito. Outro dia, diante das críticas por estar fazendo campanha fora de época, a candidata Dilma Roussef declarou que se sentia vítima de preconceito contra a mulher. O Presidente Lula, vez por outra, declara-se vítima de preconceito contra nordestino, operário... Políticos racialistas fazem fama e carreira defendendo os negros do preconceito. Interessante que o “preconceito” não os impediu de chegar onde estão, né?

O mais preocupante é que aos poucos a sociedade vai tolerando estes atentados à norma vigente. Se alguém afirma ou denuncia que a presença de fulano de tal, candidato ao cargo tal em solenidades, reuniões, entrevistas e aparições excessivas em rádio e TV etc., é conduta vedada em Lei, imediatamente ele refuta com este falso argumento. Isto é preconceito! Se for negro, dirá que é preconceito contra os negros e logo em seguida obterá a solidariedade deste grupo. Se for mulher, dirá que trata-se de preconceito contra a mulher na política, blá, blá, blá e tenta com isto seduzir o voto feminino. Se for evangélico idem, cantor, jogador de futebol... idem.

A lei, ora bolas, quem se importa com a Lei?

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