"Os arrogantes são como os balões: basta uma picadela de sátira ou de dor para dar cabo deles." (Anne Louise Germaine Necker, 1776-1817)






Saltou aos olhos e aos ouvidos de quem assistiu, o modo peculiar como a Ministra Dilma respondeu a pergunta de uma repórter em entrevista recente sobre o apagão. “Minha filha, o que nós prometemos é que não vai haver racionamento. Blecaute pode acontecer. Racionamento é barbeiragem.” Se não foi exatamente isso, foi quase isso que a mãe do PAC falou.

Dizem os que lidam com a Ministra que o termo “minha filha” ou “meu filho” ela guarda para as ocasiões em que gostaria de dizer “seu idiota!”. O termo maternal é como um soco com luva. O “minha filha” utilizado na entrevista foi como mandar a repórter para o jardim da infância, declarando assim o desconhecimento da moça em relação ao tema abordado.

Em seguida mandou outro soco, desta vez sem luvas, no FHC. Barbeiragem é, sabemos todos, uma linguagem de trânsito para acusar a imperícia de alguém. Tipo não sabe o que está fazendo.

Os dois socos – na repórter e no FHC, dão a medida do desconforto da Ministra perante situações de stress. No aperto ela tenta fixar a noção de que os outros são ignorantes no tema. Isto posto, qualquer coisa que disser fica valendo, afinal, ela é sábia, os outros são tapados.

Pode ser mesmo que os marqueteiros pagos a peso de ouro consigam amansar a Dilma. Seu rosto foi bem suavizado pelo cirurgião plástico, o treinamento já fez com que ela sorrisse para o CQC e ela já consegue até bater um papinho com a mão no ombro de algumas figuras bem nojentas (o que não faz uma eleição?).

A campanha, entretanto, lhe guarda momentos críticos. Já temos no horizonte um candidato experiente e nada ignorante, outro tão ou mais ríspido quanto ela e outra que é uma mistura de fragilidade e argúcia. Prepare-se Dilma. Ou desça daí.

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