Líderes de países ricos descartam acordo definitivo em Copenhagen


Está em todas as manchetes desta segunda-feira. Barack Obama, Hu Jintao e outros líderes europeus e asiáticos decidiram dar um tempo nessa historia de aquecimento global. Vão empurrar as metas de redução de emissões de CO² para depois. Só Estados Unidos e China representam algo como metade de tudo que é consumido e produzido no planeta. Igual medida para as emissões de CO². Sem eles, nada feito.

Interessante é saber por que os donos do mundo tomaram tal decisão. Por enquanto, pelo menos publicamente, a versão é de que tais acordos não podem ser feitos às pressas – precisam de mais tempo para definir suas posições. Em outras áreas diz-se que com a crise econômica ainda em voga seria arriscado diminuir ou alterar significativamente o andar da carruagem capitalista. Restrições ambientais podem significar restrições ao crescimento e atrasar a recuperação das economias. Faz sentido.

Os aquecimentistas vão espernear. Fazem cálculos em CO², a nova referência quantitativa, e decretam: mais um ano de indecisão significa tantos milhões de toneladas de CO² a mais jogadas na atmosfera, tantos graus de aquecimento, tantos centímetros de elevação do nível do mar, tantos furacões, ventos, chuvas, secas, e não sei quantos ursos polares pedindo arrego na geleira derretida.

Os céticos fazem uma conjectura simples. Obama e Ho Jintao não estão assim tão convictos do aquecimento global antropogênico, afinal, com CO² e tudo a temperatura média global caiu na última década. Pisaram no freio da escatologia.

A não ser que os dois mudem de posição depois do puxão de orelhas que o Presidente Lula vai dar, a reunião de Copenhagen caminha assim para ser, como disse o Professor José Carlos Azevedo recentemente, um piquenique no parque Tivoli.

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