Seis meses depois os governos já tem cara.

Meu velho amigo peemedebista P.B. reclama que ando ausente das coisas do Acre e me pergunta o que estou achando do governo Tião Viana. É, estou ausente mesmo. Mas atento. Depois de 6 meses dá pra dizer alguma coisa. Vamos lá.

Penso que o governador Tião Viana tenta, na medida do possível, recalibrar a florestania, o que siginifica guardar na estante o manual do ambientalismo ortodoxo e adotar a economia real como norte. A diversificação da produção local é fundamental neste processo. Já está provado que aquela história de que o Acre tem vocação florestal, vocação ambiental, vocação extrativista etc., não leva a lugar nenhum. O homem não progride se adptando à natureza, mas transformando-a. Quem se adapta ao meio é bactéria perante o antibiótico. Ou fica mais resistente ou morre.

O problema é que a essa altura a tarefa não é nada fácil. Não é possivel nem desejável dar cavalo de pau e desfigurar o projeto inaugurado há 12 anos. A missão que se impõe é aproveitar a ecologia para gerar renda e emprego máximos e permanentes. Não se faz isso com semente de jarina, é obvio.

A introdução de uma perspectiva de industrialização é boa. Com os canais de exportação abertos e o ganho de competitividade gerado pela Estrada do Pacífico é possível realmente propor alternativas de exploração econômica que sejam viáveis. Quais? Aí está o Xis da questão. Perdemos tempo, energia e recursos pelejando com uma economia que só é boa para dar manchete de jornais, homenagens e seminários. Poderíamos estar hoje mais adiantados, mas ainda há tempo. Pelo que vejo é o que o governador Tião Viana está a fazer. O resto é gerência, combate à corrupção, transparência, diálogo, prioridades.

E a oposição? Bom, esta anda recolhendo insatisfações. Se tiver juizo poderá pelo menos alinhavar um projeto alternativo com começo, meio e fim. Conseguirá? Duvido.

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