Bjorn Lomborg e o imposto australiano sobre emissões de CO².

Quem já passou do estado de ignorância para o de mínima informação científica sobre a "teoria" do aquecimento global antropogênico conhece ou já ouviu falar do livro O Ambientalista Cético, de Bjorn Lomborg, lançado no Brasil em 2002 pela Editora Campus. O dinamarquês, hoje com 46 anos, se tornou estrela de primeira grandeza. Foi eleito um dos 100 pensadores do mundo pela revista Política Externa, 2010, uma das 75 pessoas mais influentes do século 21 pela Esquire, 2008, uma das "50 pessoas que poderiam salvar o planeta "pelo UK Guardian, 2008, um dos 100 maiores intelectuais públicos, da Revista Política Externa, 2008 e uma das 100 pessoas mais influentes segundo o Time Magazine, 2004. Coisa para Marina Silva nenhuma botar defeito. Além da fama ganhou muito dinheiro com o livro, que realmente merece ser lido com atenção.

Embora o título induza ao entendimento de que se trata de um cético em relação ao aquecimento global antropogênico, Lomborg não o repele inteiramente, o seu ceticismo é em relação à capacidade e viabilidade de financiamento das medidas que levariam a uma redução significativa das emissões. Segundo ele seria muito mais razoável gastar toda a grana que pudermos com pesquisa e ações de desenvolvimento de longo prazo, como a redução da pobreza, por exemplo. Ele é cético quanto à eficácia das recomendações de protocoloso como o de Kyoto. Como muito menos dinheiro, segundo ele, se resolveria os mais graves problemas da humanidade, inclusive o de prepará-la para enfrentar eventuais aumentos de temperatura e suas consequências.

Pois bem. Há 15 dias,  Bjorn Lomborg veio novamente à cena para critica duramente a criação de um imposto sobre as emissões de carbono proposta pelo governo australiano. Em artigo publicado no The Australian, Lomborg afirma em dois trechos:

"Um imposto de carbono que seja suficiente para conter de forma significativa as temperaturas poderia causar dano econômico generalizado. Isto é porque  fontes alternativas de energia não estão prontos para substituir os combustíveis fósseis.

O que é necessário em vez disso é uma transformação em nossa infra-estrutura de energia para fazer as fontes de energia de baixo carbono mais baratas do que os combustíveis fósseis.

A demanda global por energia vai dobrar até 2050. Baseado no progresso de hoje, as tecnologias alternativas não estarão prontas a desempenhar um papel significativo.

Considere as mais avançadas tecnologias alternativas. Juntos, vento e fornecimento de energia solar tem capacidade inferior a 0,6 por cento das necessidades energéticas do mundo inteiro. Eles não são apenas muito mais caras do que os combustíveis fósseis, mas existem enormes obstáculos tecnológicos a superar para torná-los eficientes".

"Nações em desenvolvimento não têm nenhuma intenção de deixar a força mundo desenvolvido lhes cortar o uso de combustíveis emissores de carbono e reduzir o crescimento econômico interno, que está permitindo que suas populações sair da pobreza. Tentar controlar as temperaturas por meio de cortes de carbono não faz sentido econômico, mesmo para países desenvolvidos".

Em resumo: Mesmo que sejamos generosos e prdoemos as fraudes do IPCC e consideremos a hipótese não provada de que as emissões de CO² das atividades humanas causam o aquecimento global, segundo Lomborg, a solução apresentada não é razoável nem eficiente nem econômicamente viável.

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