No, no, no. No, no, no. No, no, no. No, no, no. Why?

A musiquinha em que a cantora auto-referencia uma negativa ao tratamento em clínica de reabilitação não sai da TV nem das rádios. Os principais programas da TV de domingo último, Fantástico no meio, gastaram o tempo quase inteiro na tentativa de explicar a morte da cantora. Cenas e cenas da moça drogada, bêbada e em situações degradantes encheram o vídeo. Durante esta semana os programas da tarde e os jornais estão na mesma toada. E dá-lhe no, no, no.

Sinceramente, pouco havia escutado a Amy até ela morrer. Não é exatamente o tipo de música que ouço, mas, vá lá, pelo que dizem devia ser boa cantora e todos os artistas devem ser reverenciados. Mas, peraí. O que estão produzindo a partir da morte de Amy Winehouse é uma espécie de homenagem ao vício e ao alcoolismo. Mais ainda, uma glamourização babaca e atrasada uns 50 anos, do rebelde sem causa, do drogado genial.

Se, ao invés de no, no, no, a musica dissesse yes, yes, yes e aceitasse o tratamento do vício, estaria sendo tocada até a exaustão nos últimos dias? Tava nada. De tanto ouvir no, no, no, fico com a impressão de que os entendidos gostavam mais da vida deprimente do que da voz deprimida de Amy Winehouse. Neste mundo, só tem graça o absurdo.

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