Saudades à flor da pele

Quase nunca trato aqui de assuntos pessoais. Os poucos leitores do bloguinho sabem, mas não posso deixar de mencionar o reencontro, no último sábado, da turma de formandos em agronomia de 1981 b, da Escola Superior de Agricultura de Mossoró, hoje Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA. Num cálculo simples (espero que correto), 27! / 25! 2! = 351 encontros, sendo que a maioria não ocorria há 30 anos.

Em finais dos anos 70 e inicio dos anos 80 o Brasil testemunhava os estertores da ditadura. Respirávamos os primeiros ares de liberdade e democracia. As portas e janelas do autoritarismo estavam sendo arrombadas uma a uma. Nossos ídolos estavam todos de volta e nós, os jovens da época, militantes estudantis ou não, engajados na luta política ou não, nos aprontávamos para retomar o destino em nossas mãos. Que tempos!

Saudades da época? Não. Saudade das pessoas da época. Saudades do olhar das pessoas, de seus gestos, de seus sorrisos, de suas faces, de suas brincadeiras, de suas vozes. Saudade de contemplá-las. Isto, ou, devo mesmo estar ficando velho.

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