É o verde a nova cor do socialismo?
Em artigo publicado recentemente, Michael Lowy, sociólogo e filósofo marxista, traduz de modo simples e objetivo o que subjaz à luta ecológica. O ecossocialismo une a crítica marxista ao capital à defesa do meio ambiente. Lowy não é o primeiro a dizer que o verde é a nova cor do socialismo.
Segundo ele, o raciocínio ecossocialista se apoia em dois argumentos essenciais:
1) o modo de produção e consumo atual dos países capitalistas avançados, fundado sobre uma lógica de acumulação ilimitada (do capital, dos lucros, das mercadorias), desperdício de recursos, consumo ostentatório e destruição acelerada do meio ambiente, não pode de forma alguma ser estendido para o conjunto do planeta, sob pena de uma crise ecológica maior. Segundo cálculos recentes, se o consumo médio de energia dos EUA fosse generalizado para o conjunto da população mundial, as reservas conhecidas de petróleo seriam esgotadas em 19 dias. Esse sistema está, portanto, necessariamente fundado na manutenção e agravamento da desigualdade entre o Norte e o Sul;
2) de qualquer maneira, a continuidade do “progresso” capitalista e a expansão da civilização fundada na economia de mercado – até mesmo sob esta forma brutalmente desigual – ameaça diretamente, a médio prazo (toda previsão seria arriscada), a própria sobrevivência da espécie humana, em especial por causa das consequências catastróficas da mudança climática.
O texto completo pode ser lido aqui e permite compreender o pensamento que impulsiona verdadeiramente os aquecimentistas esclarecidos. No vídeo abaixo Lowy dá mais pistas.
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