Candidatos para todo gosto. E desgosto.

  



As eleições estão sempre nos preparando algumas surpresas. Às vezes, desagradáveis. Uma recorrente é a eleição de gente famosa e "folclórica" para cargos no legislativo. Já foram eleitos  o cantor Agnaldo Timóteo, o índio Juruna, o costureiro Clodovil, o cantor Frank Aguiar... todos para a Câmara Federal. A nivel municipal e estadual a lista é longa. Radialistas e ex-jogadores de futebol são frequentes nas casas do povo.

No Acre, após muitas tentativas, estamos tendo a nossa experiência com a bizarrice eleitoral através do "cabide" que depois de ser eleito vereador da capital agora se pretende realmente um líder político e quer ser deputado estadual. Quem sabe sonhe com o cargo de governador do estado.

Este ano a Câmara Federal pode ter entre seus membros ninguém menos que o ex-boxeador Popó, os ex-jogadores Romário e Vampeta, os cantores Kiko (aquele grandão do KLB), Agnaldo Timoteo e Reginaldo Rossi. O humorista Tiririca pretende mostrar seus dotes (e dentes) também na Câmara Federal junto com o coleguinha Batoré. A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro pode contar com Pedro Manso (imitador do Faustão) e Leandro (outro do KLB).

Se o eleitor paulista quiser esculhambar de vez, ainda pode votar no cantor e espancador de mulheres, Netinho de Paula, para o Senado.

O que aborrece mesmo ao ver estas figuras em campanha eleitoral, como se de fato estivessem firmando suas candidaturas em elementos reais da luta política e não na fama de cada um, é que muitos bons políticos estão abandonando o interesse em candidatar-se por inviabilidade eleitoral. O melhor exemplo que conheço é Roberto Freire, presidente do PPS, que não se candidata porque campanha custa caro, acordos são mediados por grana e a boa política perde vez a cada dia.

O que surpreeende ao ver aquelas figuras, é que nada nos garante que sejam moralmente piores do que politicos tradicionais que serão campeões de votos, alavancados por dinheiro vindo da corrupção, abuso do poder politico e apoio sindical adquirido na troca de favores. É da democracia. Suportemos.

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