Acre. No pós-eleição visões diferentes sobre o aperto que o governo da FPA levou.

Graças à TV Gazeta pudemos nos dias pós-eleição ver boas entrevistas dos principais candidatos eleitos no Acre ao Alan Rick. Como a eleição foi plebisictária, dois lados se opõem. Recolho dos candidatos os principais pensamentos relativos ao Acre.

Dos governistas.

Jorge Viana (senador eleito)
"Sem a Marina e o Tião no Senado, vou trabalhar dobrado".
"Não dá pra tirar lições das eleições agora".
"O Binho está fazendo um grande trabalho"
"Avaliação, só daqui há um mês".
"Precisamos consolidar uma economia de base florestal"
"A população tá gostando mas quer que mude."
"Há uma distancia entre governo e povo".

Perpétua Almeida. (deputada federal reeleita)
"Há uma fadiga natural".
"É preciso humanizar o governo".
"Tem eleitor que votou na oposição só pra dar um susto".
"É preciso passar a mão no ombro".

Leonardo Brito. (Presidente regional do PT e primeiro suplente de deputado federal)
"Precisamos trabalhar melhor politicamente o governo".

Sibá Machado (deputado federal eleito)
"O projeto continua, deve ser aperfeiçoado apenas o método de execução".

Dos opositores.

Sérgio Petecão (senador eleito).
"Existe na população um sentimento de mudança."

Marcio Bittar (deputado federal eleito)
"A oposição precisa se preparar para governar o Acre."
"O governo recebou o recado de que precisa se reciclar."
"O Acre precisa de soluções perenes".

Flaviano Melo (deputado federal reeleito)
"Temos que administrar as vaidades e não permitir que os seguidores estabeleçam lutas internas".
"Trata-se de um atestado de que o modelo vigente faliu."
"O povo votou contra o que está aí, do contrário não se explica que a oposição tenha os dois candidatos mais votados à Câmara Federal."

Resultado:
Os governistas, pelo menos publicamente, entendem que os problemas são de forma. Se humanizar, passar a mão na cabeça, der um sorriso e um tapinha nas costas, o andor pode continuar a sua marcha.

A oposição entende e declaraa que a questão é de conteúdo. Se não se reciclar, se não oferecer novas alternativas, se não alterar o projeto, se não mudar o rumo, o andor se perde.

Penso hoje, aliás, lembro de ter dito isto pessoalmente ao governador Jorge Viana ainda no seu primeiro governo, que há sim um problema coletivo de cara feia na administração. Mequetrefes na administração e até na imprensa, agem e se comportam como pequenos ditadores, certamente movidos pela correia de transmissão do autoritarisno cuja origem se encontra no núcleo do poder. Mas isto não é tudo como parecem pensar. Também estão certos os oposicionistas. O projeto florestania precisa ser reciclado, pois em sua forma original de fato "faliu", como disse o Flaviano Melo. A sinalização do povo é de mudança concreta. Bobo quem pensa que tapinha nas costas vai resolver o aperto do desempregado. O aviso foi dado.

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