Aborto - um tema sempre atual.

Era ainda adolescente, li de Gibran Khalil Gibran uma frase que nunca me abandonou "O homem só não tem direito moral ao suicídio porque estará eliminando algo que não lhe pertence exclusivamente". Recorro sempre a este pensamento quando está em debate a eutanásia, a pena de morte e o aborto.

Queria dizer o poeta libanês que a vida, mesmo a própria vida faz parte de um concerto social, não pode, por isto, ser interrompida sem que signifique grave atentado contra a sociedade. Quantas vezes assistimos na TV uma mãe, um pai, um irmão ou um amigo dizer da morte de alguém que "se foi também um pedaço de mim". É o que é. A sua vida é um pedaço da vida de alguém. Esta parte não lhe pertence.

O que dizer da vida em gestação no ventre da mãe? Se a própria vida da mãe grávida não lhe pertence totalmente, menos ainda a vida que pulsa em suas entranhas. Interrompê-la é ir contra o ciclo natural da vida e contra a sociedade.

O que dizer quando politicos, partidos, governos e organizações se juntam para, a pretexto de diminuir o crescimento da demanda por recursos, diminuírem a população pobre através da facilitação ao aborto? Este genocídio corresponde a uma tirania absurda e inominável.

Tão atual quanto qualquer outro tema que diga respeito aos direitos humanos, o aborto deve sim frequentar os debates presidenciais com clareza e objetividade, e não como troca de acusações. Quem é a favor diga que é a favor e apresente suas justificativas. Quem é contra, idem.

A patifaria e o obscurantismo fica por conta de jornalistas e politicos que aplaudiriam se os candidatos gastassem seu tempo discutindo a importância de preservar as baleias. Soaria ambientalmente responsável, politicamente correto, discurso antenado com o futuro, mas como se trata do aborto jogam-no no gueto religioso. Patife também é o silêncio e a omissão de outros tantos.

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