Abortistas querem a Igreja no pau.

Consta do noticiário que a campanha da Dilma pretende encostar bispos da Igreja Católica nas cordas da Justiça por causa da NOTA (ver AQUI ) da Comissão Episcopal Representativa do Conselho Episcopal Regional Sul 1- CNBB, na qual os bispos pedem aos brasileiros que não votem em candidatos que defendem a descriminação do aborto. Como o apoio da Dilma à descriminação do aborto nunca foi boato, mas fato documentado e gravado em vídeo, o texto assinado pelos bispos Nelson Westrupp, Benedito Beni dos Santos e Airton José dos Santos elenca oito considerandos, ou seja, razões para ao final concluir:

"RECOMENDAMOS encarecidamente a todos os cidadãos brasileiros e brasileiras, em consonância com o Art. 5º da Constituição Federal, que defende a inviolabilidade da vida humana e, conforme o pacto da San José da Costa Rica, desde a concepção, independentemente de suas convicções ideológicas ou religiosas, que, nas próximas eleições, deem seu voto somente a candidatos ou candidatas e partidos contrários à descriminação do aborto."

Ora. Temos ai duas questões a analisar. A primeira é o direito da Igreja de manifestar, com base em seus princípios, uma orientação de voto que não personaliza, não nomina, não indica. Esta seria, aliás, uma obrigação sua, da Igreja, posto que está em causa um dos fundamentos da fé cristã abraçados pela nossa Constituição.

A segunda é o interesse da campanha nesta questão. Se a dona Dilma sempre classificou de boatos as versões de que é a favor da descriminação do aborto e até escreveu mensagem se dizendo "pessoalmente" contrária, porque entrar nessa bola dividida? Manifeso só vale quando vem assinado por Leonardo Boff?

Ao defender o voto contrário aos abortistas, a Igreja está cumprindo o seu legítimo papel, assim como faria se a questão em discussão fosse a pena de morte, por exemplo.  Covardes e negligentes são os líderes e representantes de religiões, crenças e associações que, assistindo o itinerário da morte indiscriminada de fetos, quedam-se calados, contidos por compromissos ideológicos ou financeiros.

Os abortistas precisam entender de uma vez por todas, que este tema, embora lhe seja incômodo neste momento, faz parte da agenda da sociedade. As pessoas se interessam pela vida. Mesmo quem por alguma circunstância já fez um aborto, sabe que cometeu um assassinato e, certamente, não é a favor de sua descriminação, do contrário, estaríamos assistindo as passeatas sob nossas janelas em defesa do aborto. Onde estão os abortistas? Estão todos envergonhados, escondidos, alguns negando suas próprias convicções.

Não sei o peso eleitoral que esta questão terá, mas uma coisa é certa, qualquer que seja o próximo presidente, haverá de pensar duas vezes antes de dar trela à cantilena dos abortistas.

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