Aonde vai a nossa juventude?


As cenas mostradas ontem e hoje pelos telejornais, ocorridas na UNIBAN, quando uma universitária de 20 anos foi encurralada por pitbul’s morais apenas por usar uma minissaia vermelha causaram espanto e indignação.

COMENTO


Imagino que bastou um colega ou uma colega estranhar, chamar alguém que chamou alguém, e num crescente de frenesi logo se formou uma turba de milhares a insultar a garota. PUTA! PUTA! PUTA!

Que fenômeno da psicologia de massa explicaria esse caso? Uma histeria coletiva voltou contra a garota milhares de jovens, seus iguais, que por pouco não a agrediram fisicamente. Para que ela saísse foi preciso escolta da Policia Militar.

A moça não é prostituta. Poderia ser. Qual o problema se fosse? Aliás, muito provavelmente algumas das jovens que participaram do linchamento são garotas de programa. Não há estatísticas, mas sabe-se que cresce assustadoramente o número de meninas de classe média, universitárias, que entram na prostituição. Grandes revistas semanais e programas de TV já trataram deste tema.

E os marmanjos? As estatísticas não deixam dúvidas. De acordo com estudo da FGV, de 2007, nada menos que 30% dos usuários de drogas ilícitas freqüentam a universidade. Na maioria homens. Seguramente muitos dos que agrediram a moça saíram dali e foram cheirar uma carreirinha básica, alimentando o tráfico, o assalto, o assassinato, o roubo e o seqüestro.

Ora. Se não é por conflito ético entre uma juventude conservadora e uma jovem de minissaia, por que se comportaram de modo tão ultrajante aqueles estudantes? Pensemos. E cuidemos.

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