Nordeste. Tristeza não tem fim. Felicidade, sim.
Vejo com tristeza e indignação a noticia da catástrofe que se abateu sobre municípios dos estados do Pernambuco e de Alagoas. Para quem, como eu, nasceu em um daqueles pequenos municípios, as imagens são estarrecedoras. Cidades inteiras, pequenas lojas, farmácias, mercados, praças e bairros inteiros levados pela água. Dezenas de mprtos, centenas de desaparecidos, milhares de famílias ao desabrigo, deserdadas, despossuídas, parecem prontas para pegar o primeiro pau de arara e não o último como dizia Gonzagão. Temos aqui o nosso Catrina, a nossa Honduras para chorar.
Na outra página do jornal, algo mais estarrecedor: O Governo Federal investiu menos de 0,5% do total de R$ 442,5 milhões que há no orçamento para obras de prevenção de desastres. Nada menos que 99,6 % continuam retidos. Para quê, não se sabe, dona Dilma ainda não explicou essa.
Em seguida ao desastre, sem que se tivesse a menor idéia do tamanho do estrago, o Governo prometeu mandar 20 milhões de reais. Em seguida pulou para R$ 100 milhões, sendo R$ 50 milhões agora e outros R$ 50 milhões quando as prefeituras apresentarem os respectivos projetos. O SIAFI mostra que depois que a casa cai, o governo é mais pródigo. Gastou R$ 356,7 milhões na rubrica "resposta a desastres", mesmo assim representam apenas 17% do total.
Segundo os jornais, em Pernambuco, 54 municípios foram afetados por inundações. Em Alagoas, 21 cidades foram atingidas e 15 decretaram estado de calamidade pública em função das cheias. Até agora, certo mesmo o governo destinou R$ 25,00 milhões para cada estado. Não dá pra nada. Não representa nada. Não é nada. Ou, é uma escrotice sem tamanho.
Para se ter uma idéia, estes R$ 50,0 milhões equivalem a DUAS HORAS E 19 MINUTOS de pagamento de JUROS da dívida pública, que o governo aumenta a seu bel prazer naquelas reuniões do COPOM. É isto mesmo. Repetindo: O governo federal está mandando para acudir os milhares de brasileiros atingidos pela tragédia nordestina, o mesmo que manda a cada DUAS HORAS E 19 MINUTOS, de juros, para os seus credores.
Este é o Brasil garroteado pela alça do bolsa-miséria.
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