Lições para quem quer aprender.
A retirada do Rodrigo Pinto da disputa para o governo do Acre é, além de pragmática, pedagógica. Pragmática porque, se confirmando a coligação com o PSDB, poderá garantir a reeleição de Flaviano Melo, último bastião do partido. Pedagógica porque demonstra com clareza que candidaturas ao governo não se viabilizam apenas com nomes ou com recurso às glórias e personagens do passado. Sem sustentação em uma plataforma clara e comunicável, sem firmar-se em um projeto de avanço da sociedade qualquer candidatura se esvai rapidamente.
A exposição do Rodrigo Pinto nos últimos meses foi de certo modo "lucrativa" para ele próprio. Saiu da esfera municipal, deixou de ser um nome exclusivo de Rio Branco para ter visibilidade estadual, o que lhe assegura a possibilidade concreta de pleitear uma vaga no legislativo e, sendo eleito, prosseguir com seu projeto político. Nada mau para um quase novato no PMDB. Pode-se mesmo dizer que, ao fnal, saiu ganhando.
No campo da disputa para o governo, a esta altura do campeonato uma eleição plebiscitária só facilita as coisas para o governo. Tião contra Tião. Um, ex-Prefeito de Acrelândia e portador de um discurso anti-ecológico mal calibrado, o outro, Senador em segundo mandato, ex-Presidente do Congresso, um dos politicos de maior expressão nacional, figura respeitada e com trânsito em todo o governo e até em setores da oposição, continuador de um projeto (florestania) que mesmo com falhas sérias existe, enfim, um dos politicos mais importantes da história do Acre. Tião Viana é, obviamente, favorito. Somente um acontecimento extraordinário poderá frustrar a sua eleição.
Para a oposição sobra a eleição quase certa de um senador, o Petecão, e de, no máximo, três deputados federais. É o que tem hoje. Mas sobra mais se os donos da oposição tiverem alguma humildade. Sobra a lição. Mas este é outro papo, fica pra depois.
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