Os ossos e os prazeres do oficio

Um ponto interessante da fala da dona Dilma em relação ao recuo na faxina é que lidar com a corrupção "são ossos do ofício". A frase demonstra um certo desprazer em faxinar a república, em mandar pra casa ou pra cadeia subordinados corruptos, em destituir chefes lenientes e incompetentes, em dissuadir aqueles que pretendem enriquecer e fazer carreira política às custas das tetas governamentais, em tocar pra fora a parentalha de autoridades que gruda no prestígio para intermediar contratos e facilidades. Se considerarmos que a sujeira toda significa bilhões de reais escorrendo pelo ralo da corrupção para os bolsos e campanhas políticas de gente corrupta, penso que a tarefa da faxina seria gratificante ao invés penosa. Não há nada que dê mais prazer a uma pessoa honesta do que ver descoberta e punida uma maracutaia.

Ficou a impressão de que nesta questão a presidente vai continuar pautada pela imprensa. Tipo assim: A Veja denuncia, aí se o caso for muito escabroso mesmo, daqueles impossiveis de disfarçar, a foice vai no pescoço da autoridade, senão, o malandro fica onde está, se segurando na máquina partidária. Então tá combinado. Toda força à imprensa e seus leitores para os quais a derrubada de um ministro corrupto é uma festa.

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