Agricultura lá (nos EUA) e florestas aqui (no Brasil). Um relatório para as autoridades acreanas não deixarem de ler.

Recentemente cientistas americanos publicaram um estudo que está dando o que falar, principalmente nos meios dominados pela religião do aquecimento global. Sob o título sugestivo "Farms here, forest there" ou, em português, "Fazendas aqui, florestas lá", o texto vem em boa hora para esquentar e iluminar o debate sobre o código florestal.

Não é de hoje que mentes lúcidas como o deputado Aldo Rebelo vem demonstrando que por trás da guerra que ONG's e personalidades travam em favor da preservação da floresta brasileira está a defesa intransigente de interesses econômicos dos EUA, principalmente. Sob pretexto conservacionista os americanos se pretendem donos do almoxarifado global.

O documento assinado por Shari Friedman e David Garnier & Associates (aqui em inglês) tem a chancela ainda de duas organizações. A primeira, Avoided Devorestation Partners, se diz uma rede internacional de pensadores, estrategistas e profissionais de apoio aos esforços internacionais para deter o desmatamento tropical. A segunda,Farmers Union, fundada em 1902, dedica-se a proteger os interesses econômicos de agricultores e pecuaristas americanos. Como se vê, os objetivos das duas se encontram facilmente.

Atentemos para o sumário executivo do relatório.

"A destruição das florestas tropicais do mundo para extração de madeira, agricultura e pecuária tem levado a uma dramática expansão na produção de commodities que competem diretamente com produtos dos EUA. Cerca de 13 milhões hectares (32 milhões de acres) de floresta são destruídos todos os anos - principalmente na tropicos. Este desmatamento tem permitido a expansão em larga escala a baixo custo da madeira, gado e produção agrícola, e também causou danos ao meio ambiente e as comunidades da floresta. Grande parte dessa expansão madeireira e agrícola vêm por meio de práticas que não atendem os padrões de sustentabilidade da indústria dos EUA nem as práticas de trabalho e direitos humanos básicos, fornecendo estes produtos agrícolas no exterior uma vantagem competitiva sobre os produtores dos EUA."


A agricultura dos EUA e indústrias de produtos florestais se beneficiam financeiramente de conservação de florestas tropicais por meio de políticas climáticas. O fim do desmatamento através de incentivos dos Estados Unidos e ação internacional sobre o clima iria aumentar a receita agrícola dos EUA de cerca de US $ 190 bilhões a $ 270 bilhões entre 2012 e 2030. Este aumento inclui 141 bilhões de dólares para 221 bilhões de dólares em benefícios diretos do aumento da produção de soja, carne, madeira, óleo de palma e substitutos do petróleo, e cerca de US $ 49 bilhões de poupança no custo da conformidade com os regulamentos climática. 

O relatório conclui solenemente:

"A conservação de florestas tropicais gera importantes ganhos financeiros e economia para a agricultura e indústria madeireira dos EUA, enquanto também aumenta as oportunidades para os residentes de nações com florestas tropicais. O total estimado para o aumento das receitas para os EUA em soja, carne bovina, oleaginosas e produção de madeira varia entre US $190 bilhões de dólares para US $ 270 bilhões de dóalres entre 2012 e 2030."

Curioso que, embora criteriosos na estimativa de ganhos para a economia americana decorrentes da preservação da floresta tropical, os cientistas não se preocuparam em dizer quanto ganhariam as economias dos países tropicais. O relatório apenas sugere que nessa, países como o Brasil também levam vantagens. Quais? Sei lá! Talvez algum dos nossos ambientalistas que no Acre impedem um seringueiro de plantar 1,0 hectare receba o prêmio de Otário do Século, entregue por Al Gore, Rajendra Pachauri ou Bill Gates.

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