Vai que é tua Petecão!

Confirmadas as especulações sobre a retirada da candidatura de Rodrigo Pinto ao governo do Acre a eleição fica, por assim dizer, decidida. Sozinho e sem o apoio do PMDB o Tião Bocalom será esmagado pela máquina da frente popular e pela competência do Tião Viana. Teria alguma chance se viesse munido de uma nova perspectiva para o Acre, de uma visão progressista que encantasse a população, de um programa que atraísse as esperanças do empresariado, dos agricultores, dos desvalidos. Mas pelo que vi até hoje tudo isso são palavras ocas aos seus ouvidos.

Outro efeito importante da desistência do PMDB poderá ser a fragilização da candidatura do Sérgio Petecão ao Senado. Explico:

Um dos fatores mais importantes da eleição para o Senado é o projeto ao qual está vinculado, ou seja, a candidatura ao governo que defende. É provável que o Tião Bocalom, sem um projeto consistente, sem as condições financeiras à altura que o desafio exige, com uma chapa proporcional fraquinha e com a antipatia explícita do PMDB sofra um processo de definhamento ao longo da campanha, gerando efeitos deletérios aos interesses do Sérgio Petecão. Um candidato inviável ao Governo é um peso terrível para o candidato ao Senado e disto se aproveitará o Edvaldo Magalhães. Assisti este filme de perto em 1992, quando o saudoso Professor Mastrângelo obteve apenas 1% dos votos e Marcio Bittar perdeu a vaga do Senado por pequena margem. Se naquela eleição o Said Filho tivesse mantido a candidatura, o resultado teria sido outro.

Sendo assim, cabe ao Sérgio Petecão liderar as oposições, turbinar o discurso e a campanha tucana para minimizar o desastre e evitar que a mágoa do PMDB em relação ao Tião Bocalom respingue em seu nome. De agora em diante a bola está com quem pediu pra ser centroavante.

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