O que Marina disse e o que Marina NÃO disse

"Não é assim que se trata um país irmão, até porque o povo boliviano não merece esse tipo de generalização. Nós somos vizinhos dos bolivianos no Acre, sabemos que temos graves problemas ali na fronteira com o tráfico de drogas, mas longe de eu querer atribuir isso a uma ação deliberada do governo e ou à sociedade boliviana." Marina Silva.

Ao criticar o José Serra por suas declarações contra o "corpo mole" que o governo boliviano faz em relação à produção e tráfico de cocaina, Marina  se ateve à forma "não é assim que se trata um pais irmão" e por conta própria refutou algo que o José Serra NÃO disse, ou seja, não houve acusação de que se trata de um narcogoverno que deliberadamente estimula o tráfico e menos ainda que o povo boliviano merece esse tipo de generalização. Esta dedução ligeira ficou por conta da própria para reforçar a crítica e a diferenciação politica com o tucano.

Por estas palavras, sou levado entender que a Marina concorda na essência com o que disse o José Serra, pois senão teria confrontado as declarações com algo como "O governo boliviano não tem culpa do aumento do tráfico de drogas". Isto ela NÃO disse e não disse porque não quis já que tratava do tema. No fundo ela sabe que a acusação tem razão de ser.

Alôôôôô! Por favor, não ponha tapadeiras nos olhos da Marina nem palavras em sua boca. Ela não precisa disso.

Comentários

  1. Nielsen O. M. Braga31 de maio de 2010 às 17:29

    Ainda bem que Marina não ganha, mas ainda assim é duro ouvi-la no seu discurso de recém-libertada do cárcere das idéias do PT, mas ainda com uma ideologia equivocada a respeito de algo que ela já viu (tanto em Brasília como no Acre)que não dá mais certo: a empulhação de que 'nuestros hermanos' são uma extensão de nós, os brasileiros e, que por isso, temos de ampará-los. Esse esquerdismo me adoece e me leva às ganas da ira! Mas é fácil decifrar Marina através de uma estorinha infantil: era uma vez uma casa FRÁGIL em seus alicerces, quiseram derrubá-la mas ela já era PATRIMÔNIO e então optaram por reformá-la. Mudaram-se as cores e o 'patrocinador' da reforma, as paredes vermelhas deram lugar ao verde-esperança, reforçaram o 'jardim'. Enfim entregaram a casa à comunidade com pompa e circunstancia dizendo que estava restaurada, renovada, e que em nada lembrava a antiga, mas o problema com seus alicerces e fundações continuavam lá escondidos embaixo de camadas de reboco e tinta fresca, tão frágeis quanto do início da 'reforma'. Só não podemos dizer se vai haver '...e foram felizes para sempre'.

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