Presidenciáveis na CNI - José Serra

José Serra também comete falhas. Também dá bom dia "a todos e a todas", esta invenção ridícula de moscas de seminário. Mas de resto faz uma fala serena e madura. Chega a ser fluente, quase coloquial em uma platéia formalíssima como aquela da CNI. Coisa de quem se sente em casa.

A sua grande dificuldade é exercer a crítica sobre algo que tem a aprovação da maior parte da população, incluindo banqueiros e industriais. Ainda mais se essa crítica precisa esquivar-se do fato de que ele já esteve lá em uma época em que as coisas não iam tão bem. Mesmo assim, Serra encontra elementos para focar seu discurso e chamar a atenção para novas possibilidades.

Não tem carisma, não encanta a platéia com sentimentos nobres, não desperta afeição nas pessoas. Seu discurso é de gerente moderno, de gente que faz sem descuidar de aspectos menos tangíveis como a questão ambiental, por exemplo. Por ter sido um bom governador do estado mais rico e populoso tem credibilidade para fazer determinadas afirmações. Por fazer politica desde a juventude tem experiência para avaliar politicamente seus adversários. Por ser economista experiente sabe focar problemas que outros só percebem de segunda mão.

Não há dúvidas para ninguém que é, como disse o Ciro Gomes, o mais preparado para o cargo de presidente do Brasil. Dificil vai ser convencer o eleitorado de que isto é mais importante do que o amor ao Lula.

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