O facismo científico questionado, ou, nem todo mundo é mané.

Há quem mesmo se achando democrata promova o facismo desde que sirva à sua causa. Como na marchinha carnavalesca, de dia é Maria, de noite é João. É o que ocorre com muitos de nossos editores de jornais, chefes de órgãos do governo, ambientalistas e políticos. De dia querem liberdade de expressão e de noite interditam o debate científico.

Um exemplo: outro dia em um chat, ao responder a uma indagação que lembrava a posição do climatologista Professor, pós-doutor Luiz Carlos Molion, contrária à tese alarmista, o editor de ciência de um grande jornal simplesmente respondeu que o professor devia voltar ao curso elementar de física e encerrou a questão. Outro exemplo: em debate recente no programa “entre aspas” da Globo, comandado por Mônica Waldvogel, o professor José Eli da Veiga do mesmo modo sentenciou “este é um debate vencido”. E mudou de assunto. Mais um: em um debate na Câmara dos Deputados, confrontado com as mesmas dúvidas, o irmão-do-bussunda-amigo-da-globo Sérgio Besserman usou a mesma frase. Assim, de um em um, os nossos formadores de opinião vão encerrando por conta própria o debate. Isto tem nome, chama-se facismo. No caso, científico.

É contra o facismo que verdadeiros democratas se insurgem. Simplesmente não está claro, não está provado, restam dúvidas, há muito contraditório, há muitos riscos e muita grana e o modo de vida da humanidade envolvido para que uma elite científica articulada com setores da mídia, da economia e da política empurrem na goela do cidadão comum um novo padrão, usando para isso ameaças catastróficas. Pegaram tão pesado que está ficando difícil acreditar.

Nos EUA, por exemplo, a credibilidade desses atores está em queda. Quanto mais eles vão na TV e nos jornais mostrar o planeta em chamas, mais o cidadão sente sua grana, seu conforto e seu emprego ir pro espaço e, então, começa a ter dúvidas. Ainda mais quando cientistas são flagrados alterando dados e conspirando contra outros cientistas – CLIMATEGATE. Lá, menos de 40% acreditam na tese antropogênica. Paralelamente, cresce o número de cientistas contrários ao alarmismo. O resultado, veremos.

Por estas e outras é que deputados republicanos estão indo a Copenhagen para anunciar que o Congresso Americano não ratificará posições de Obama enquanto não cessar o facismo científico. No fundo os republicanos nem estão se opondo de pronto à tese aquecimentista. O que eles estão dizendo é que os EUA são um país democrático, portanto não aceitarão determinações baseadas em uma ciência facista.

Por aqui, como os nossos congressistas não se dividem entre republicanos e democratas, mas entre mensaleiros e não-mensaleiros, percamos as esperanças. Com raríssimas exceções, estão correndo atrás do coelho como naquela corrida de cães. E aquilo nem é coelho de verdade.

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