Obstinação e teimosia
Alguns lances recentes me levaram a estudar um pouquinho a razão da obstinação e da teimosia como características humanas. Podem parecer, mas não são a mesma coisa. Já ouvi muito elogio à obstinação e muita censura à teimosia. Encontrei em uma coluna de Daniel C. Luz, autor de livros interessantes sobre comportamento, alguns trechos de fácil compreensão que transcrevo abaixo.
“Um dos princípios básicos da obstinação é saber quando deixar de perseverar. Não exagere. Talvez você não deseje renunciar a uma idéia ou a um projeto quando as circunstâncias assinalam que deve fazê-lo. Uma pessoa pode ser inteiramente firme e sincera nas suas convicções e, ao mesmo tempo, estar completamente equivocada.”
“Determine se o seu projeto vale ou não a pena. Não existe maior perda de tempo do que percorrer um caminho que não leva a lugar nenhum. O tempo é seu bem mais precioso. Você pode recuperar um dinheiro perdido, encontrar um velho amigo, levantar um negócio que faliu, saber como fazer voltar a saúde perdida, mas o tempo que se desperdiça foi perdido para sempre”.
“Eu não posso lhe dizer quando deve continuar ou quando deve modificar os seus planos, nem quando deve abandonar o seu projeto para sempre. Só você pode determinar através de análise periódica. Se suas metas são as que realmente busca, se seus planos e ações obtêm recompensas, persevere até atingir o que tanto procura. Obstinação sim, teimosia nunca!”. Negritos meus.
Como se vê, a essência da obstinação não é o desejo, a vontade, mas o plano, o projeto. Se ele inexiste objetivamente ou se demonstra frágil, inconsistente, inviável, a obstinação perde sentido, vira TEIMOSIA. E teimosia é a obstinação dos derrotados.
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