De PAC em PAC, lá vem a Dilma subindo a ladeira. Atrasada.

Era uma vez um PAC. A estrela do governo, a miríade que resgataria da pobreza e do subdesenvolvimento o povo brasileiro. Nunca-antes-neste-pais se viu cifras tão elevadas, metas tão arrojadas, agenda tão articulada. Até aquele seu emprestimozinho no CDC estava no PAC. Contido pela burocracia estatal e pela incompetência de gestores escolhidos conforme a tonalidade da cor da camisa, o rico PAC não andou. Dos cem metros previstos, percorreu apenas treze. Só tem fôlego para mais trinta e poucos. Jamais alcançará a linha de chegada.

O que fazer, se a ladeira é assim tão íngreme e os músculos não agüentam o peso do próprio corpo? Ah! Já sei! Vamos aumentar a distância, para duzentos metros. Lançamos o PAC II. Ganhamos tempo e permanecemos na corrida. Mas, se não alcançou os cem primeiros, como poderia alcançar os duzentos? Não importa. Depois lançamos um PAC III.

Não seria melhor livrar-se das amarras, deslindar os nós administrativos, mudar os operadores preguiçosos, ou, quem sabe, refazer o percurso? É, seria. Mas aí nada seria o que é.

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