A pobreza que se mantém como se eterna fosse.

A principal noticia da semana não foi o resultado da votação do salário mínimo, que sabemos todos seria aprovado pelo governo ainda que fosse à menor. Em começo de governo, com a caneta na mão, o governante aprova até confisco - Collor que o diga. A noticia mesmo foi a revelação pelo IPEA, órgão do governo, de que no governo Lula a faixa de menor renda teve as mais elevadas taxas de desemprego, ou seja, aquele papo de governar para os mais pobres era só papo mesmo.

No fundo, quem observa sem paixão as coisas do governo não se surpreendeu. Um indicador interessante é o bolsa família. Ora, de que modo o programa poderia se expandir tanto se os mais pobres estivessem conseguindo sair daquele poço de miséria? Não bate. O programa em si é o retrato da pobreza. Quanto mais gente alcança mais pobres existem. Simples assim.

É claro que as causas do alto desemprego tem a ver com a economia cada vez mais exigente em formação. Para os níveis mais inferiores de educação, cada vez menos possibilidades de emprego. OK. A questão é que se vende nas esquinas da mídia outra história. É "menas verdade" que a classe D tenha virado classe C e a classe E tenha virado classe D de uma hora pra outra. Tem uma turma que uma vez batendo ponto no bolsa família jamais pedirá as contas.

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