Alguém viu o Serra?
Diz o noticiário que as recentes pesquisas mexeram com os nervos de muita gente. Na situação, euforia. A pressão do homem até subiu. Na oposição, preocupação e irritação com a passividade do Serra. O homem não mexe um músculo.
Os números da preferência do eleitorado apresentados na última pesquisa, salvadas a minha desconfiança e as restrições gerais em termos de pesquisa (quem faz, como, quando, aonde e por que) não vejo nada demais. Como disse anteriormente, enquanto a Dilma está com seu carro na pista há anos, inaugurando obras, quase obras, meias obras e projetos de obras, alavancada por um presidente que indiscutivelmente caiu na graça do povo independentemente do que faça ou deixe de fazer, Serra está no Box, engraxando as peças e escolhendo a roupa. Quando sair, estará uma volta atrás.
Segundo Serra, seu carro não está pronto. Se sair agora periga derrapar na primeira curva. Além do mais, o juiz não deu a largada. A Dilma não quer saber de juiz. Deu ela mesma a largada e pisou no acelerador. Quando o juiz acordar a corrida já começou faz tempo.
A superexposição da Dilma na mídia obedece a um modelo clássico de propaganda. Quem não é visto não é lembrado. Em determinado momento perceberam que a ministra era desconhecida por uma parcela importante da população. Então, penduraram-na nos ombros do presidente e dá-lhe viagem, discursos e palanque. Até de enfermeira do Lula já posou. A estratégia do Lula é Dilma – Dilma é Lula está em curso.
Quando começar a campanha legalmente permitida, provavelmente estarão empatados ou, muito provavelmente, a Dilma estará na frente alguns pontos. Caberá ao Serra tirar a diferença apostando na fragilidade da Ministra. O PSDB está certo de que a famosa competência da Dilma não resiste a um debate com o Serra. Terá que convencer o eleitor de que é mais capaz de manter a boa fase da economia, inovar e até melhorar os programas do governo do que a Dilma. Isto com o Lula dizendo que não.
Algo me diz que o tempo é curto, que a economia labuta a favor do Governo, que a Dilma terá um tempo enorme na TV, que o Lula se manterá permanentemente na fita eleitoral da Dilma, que os empresários estão satisfeito$, que o aparelho $indical está azeitado, que a juventude não está nem ai e, ao final, o eleitor se perguntará: mudar pra quê?
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