Ainda o voto do nordestino pobre e analfabeto.
Em artigo publicado ai do lado no site OUTRAS PALAVRAS a extraordinária economista, socióloga e atual professora do Departamento de Economia da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), Tânia Bacelar de Araújo, com quem, aliás, tive a honra de trabalhar na elaboração do PAS - Plano Amazônia Sustentável em 2003, faz um esforço bem sucedido par explicar a expressiva maioria obtida por dona Dilma no Nordeste. Segundo ela "Não é o voto da submissão – como antes – da desinformação, ou da ignorância. É o voto da auto-confiança recuperada, do reconhecimento do correto direcionamento de políticas estratégicas e da esperança na consolidação de avanços alcançados – alguns ainda incipientes e outros insuficientes. É o voto na aposta de que o Nordeste não é só miséria (e, portanto, “Bolsa Família”), mas uma região plena de potencialidades."
Um de seus argumentos é de que o emprego formal cresceu no Nordeste a uma taxa de 5,9% contra uma taxa nacional de 5,4%. Não creio que esta diferença se tenha dado no interior do nordeste, mas sim nas áreas litorâneas, onde se vinculam empresas ligadas ao Petróleo e à construção civi, principalmente.
Já disse antes que não me atrevo a tirar conclusões precipitadas a respeito disso. Precisaria, antes, fazer um cruzamento estatístico entre as seções ou municípios mais pobres e de maior anlfabetismo com seus resultados eleitorais e ver a importância relativa dos números no resultado geral. Não se pode negar os avanços dos últimos anos mencionados pela professora, de todo modo, visitando o interior do Ceará onde nasci, sinceramente, não vi ainda nenhum aspecto efetivo de libertação do eleitor como pretende a Tânia. Pelo contrário, nestas regiões o que fica patente, queiramos ou não, é o aprisionamento ao Bolsa Familia e às velhas práticas clientelistas, embora com agentes renovados. Quer saber, cogite-se eliminar o programa e veremos até onde vai a "auto-confiança, a esperança e o reconhecimento" das populações pobres e anlfabetas, sejam no nordeste ou em qualquer outro lugar.
Um de seus argumentos é de que o emprego formal cresceu no Nordeste a uma taxa de 5,9% contra uma taxa nacional de 5,4%. Não creio que esta diferença se tenha dado no interior do nordeste, mas sim nas áreas litorâneas, onde se vinculam empresas ligadas ao Petróleo e à construção civi, principalmente.
Já disse antes que não me atrevo a tirar conclusões precipitadas a respeito disso. Precisaria, antes, fazer um cruzamento estatístico entre as seções ou municípios mais pobres e de maior anlfabetismo com seus resultados eleitorais e ver a importância relativa dos números no resultado geral. Não se pode negar os avanços dos últimos anos mencionados pela professora, de todo modo, visitando o interior do Ceará onde nasci, sinceramente, não vi ainda nenhum aspecto efetivo de libertação do eleitor como pretende a Tânia. Pelo contrário, nestas regiões o que fica patente, queiramos ou não, é o aprisionamento ao Bolsa Familia e às velhas práticas clientelistas, embora com agentes renovados. Quer saber, cogite-se eliminar o programa e veremos até onde vai a "auto-confiança, a esperança e o reconhecimento" das populações pobres e anlfabetas, sejam no nordeste ou em qualquer outro lugar.
Parece preconceituoso, mas acredito mesmo que um movimento separatista que emancipasse o Nordeste do resto do país seria bem-vindo... Se eles não sabem e nem querem escolher bem seus governantes, deveriam então só eles ser submetidos aos descalabros do PT, pagar impostos extorquidores e financiar grana fácil para políticos inescrupulosos do congresso e do senado. Assim o resto do país poderia enfim exercer a democracia e o desejo de alternância de poder, eles que se fodessem nas mãos dos populistas petralhas...
ResponderExcluirCaro
ResponderExcluirO que leio em seu comentário já se leu anteriormente tratando de coronelismo, votos de cabresto, fisiologismo, oligarquias agrárias etc. A questão não é nordestina, mas de um povo sujeito à manipulações e personalismos.