Educação não tem fim. Petróleo, sim.

O Senador Cristovam Buarque, do DF, está defendendo, parece que juntamente com o Senador Aloysio Nunes, de São Paulo, uma proposta para os royalties do pré-sal que deveria fazer pensar o governo e os parlamentares. Segundo ele, toda aquela grana constituiria um Fundo cujos rendimentos (não o capital) seriam investidos em Educação e Ciência e Tecnologia distribuídos pelos estados de conformidade com o número de alunos na escola pública. Com isto estaria assegurada a perenidade da grana, já que se utilizaria apenas os rendimentos e a promoção da educação em níveis crescentes e sustentáveis pois as dotações seriam obviamente cumulativas. E então? Não parece bacana?

Parece e é. Ao meu gosto se incluiria ai também a saúde, que padece da falta de fonte segura de financiamento. Um dos principais argumentos do Senador Buarque é que a grana do pré-sal jogada no saco dos tesouros estaduais e municipais corre o risco de ser dissipada em obras e programas de baixa qualidade e inconsequentes. Tem razão o Senador. Esfregando as mãos diante do dinheiro, prefeitos e governadores esquecem que o petróleo é não-renovável. Por maior que seja a jazida, um dia acaba. Portanto, é desejável que gastos permanentes sejam associados a fontes permanentes e isso se poderia conseguir transformando os royalties em Fundo e não em receita corrente.

Já pensou quanta grana seria investida na formação de nossas crianças e jovens? Quanto capital humano constituiria o Brasil? Quanta ciência e tecnologia seria desenvolvida? Que pais teríamos em 20-30 anos?

Duvido é que os coleguinhas do Cristovam estejam interessados nessa proposta.

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