Cadeiras vazias. Umas, de homens, outras, de dignidade.

Na semana passada o Prêmio Nobel da Paz foi colocado simbolicamente sobre uma cadeira vazia, denunciando ao mundo a ausência do ganhador, o chinês Liu Xiaobo, que está encarcerado em algum lugar da China, condenado a onze anos de prisão por ter publicado manifesto em defesa da liberdade de expressão e de eleições multipartidárias.

Hoje foi a vez de Guillermo Fariñas, dissidente cubano que em luta pela libertação de presos políticos na ilha dos Castro fez diversas greves de fome. A última, quase fatal, durou 135 dias até que alguns dos presos fossem libertados. Na solenidade realizada em Estrasburgo, em que ele deveria receber o Prêmio Sakharov de Direitos Humanos, havia também uma cadeira vazia sobre a qual foram depositados o Diploma e a bandeira de Cuba.

No vídeo abaixo, do Jornal Nacional de hoje, os apresentadores deixaram de dizer que a ausência de Fariñas foi causada pela proibição de que deixasse a Ilha, mesmo por alguns dias. Os ditadores cubanos pretenderam com isto evitar que em pronunciamentos e entrevistas o dissidente chamasse a atenção do mundo para a falta de liberdades individuais em Cuba.




Por aqui, ao invés de cadeiras vazias, o que temos é uma verdadeira farra de confortáveis poltronas, em parte ocupadas por gente que deveria estar presa.

Abaixo a declaração de Guillermo Fariñas ao Parlamento Europeu responsável pela premiação.

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