Ainda sobre os salários dos parlamentares e altos executivos.

Se tem algo irritante é ver jornalistas e apresentadores de jornais e de programas de variedades na TV baixando o pau nos parlamentares, especialmente quando tratam dos salários recentemente aumentados. Numa listinha rápida, Xuxa, Faustão, Luciano Huck, Angélica, Hebe Camargo, Ratinho, Luciana Ximenes, Gugu Liberato, Tom Cavalcante, Marcelo Taz, Jô Soares (esqueci algum imbecil?), ganham em média mais de UM MILHÃO DE REAIS por mês. Alguns se aproximam dos DOIS MILHÕES DE REAIS. Sem contar os apresentadores de telejornais, na raia miúda até o Marquito, aquele banguela que acompanha o Ratinho, ganha mais que um Ministro de Estado. E vêm me falar de altos salários? Vão se catar!

Se querem baixar o pau no lombo dos parlamentares se refiram aos que fazem, e grande parte faz, maracutaias com as verbas idenizatórias e de gabinete que ao invés de serem gastas com a destinação própria servem para engordar os bolsos de deputados e senadores. Que se crie mecanismos para prevenir, controlar e fiscalizar o uso destas verbas, ou, se desnecessárias, que sejam eliminadas. Que rompam com o efeito cascata que leva a aumentos injustificáveis que alcançam até o município do Jordão, no Acre.

Fui durante algum tempo, ocupante de cargo em comissão no executivo federal. Um salário vergonhoso. O sujeito é obrigado a ver seu único blazer ficar puindo em sucessivas lavagens quinzenais. Em determinado momento o camarada já é reconhecido de longe pela gravata que usa eternamente. Tem gente que aproveita as diárias das viagens para economizar uns trocados, se hospedando em espeluncas e comendo sanduiche.

Eu nem considero, como muitos fazem, que os baixos salários são estímulo à corrupção. Não acredito nisso. Corrupto não precisa de estímulo, precisa é de oportunidade. Baixos salários são estímulo à preguiça, ao serviço mal feito e, principalmente, ao acolhimento de incompetentes e ladrões que perseguem uma oportunidadezinha para se dar bem. Se em cada nível o Presidente, o Governador e o Prefeito cortasse pela metade o número de cargos em comissão e pagasse em dobro aos que ficassem, e destes exigissem preparo, idoneidade e competência, o serviço público seria muito mais eficiente.

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