A agricultura familiar exige prioridade

Participei esta semana, em Recife, de um seminário sobre Assistência Técnica e Extensão Rural no Brasil. Presentes representantes de todas as empresas estaduais de ATER, da EMBRAPA, da ASBRAER, do MDA e dirigentes dos principais movimentos sociais (CONTAG, FETRAF e MPA).

A ATER, que vive um novo momento desde que o governo passou a dar efetiva importância à agricultura familiar precisa acompanhar e, muitas vezes, se antecipar às transformações no campo, que são aceleradas. É preciso produzir mais e melhor.

No Acre, mediante as condições oferecidas o trabalho realizado merece a defesa dos extensionistas. O problema é que a ATER recebe comandos ditados pelo modelo implementado. Se há problemas importantes na viabilização econômica da agricultura no estado, eles devem-se à rigidez da política de desenvolvimento.

No plano nacional, alguns sinais permitem otimismo em relação ao desenvolvimento da agricultura familiar. A presidente eleita anuncia que seu alvo é a eliminação da pobreza, o que não fará sem contemplar a agricultura familiar e sem a participação dos extensionistas. A EMBRAPA criou recentemente a diretoria de transferência de tecnologia e o MDA deverá criar a secretaria nacional de ATER. Vários programas como o PAA e PNAE estão evoluindo fortemente em todo o país e o PRONAF cresce a cada ano em termos de contratos e volume de financiamentos.

Tudo isto significa que existem no Brasil instituições, recursos financeiros, metodologias e programas de promoção da agricultura familiar. Entretanto, todos estes mecanismos somente funcionarão em um ambiente adequado em termos de prioridade e amparo político. Prioridade para a agricultura familiar, afinal, é do que se trata.

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