Ah, Demóstenes, assim você me mata.

Um dos mais empedernidos defensores da ética e da honestidade na vida pública, o Senador Demóstenes Torres anda tão enrolado com o tal Carlinhos Cachoeira, notório frequentador de páginas político-policiais por atividades ilícitas, que já não sabe o que dizer para se justificar. Está nas cordas, quase nocauteado por suas relações estreitíssimas com o meliante. Os dois se falavam várias vezes ao dia todos os dias. O senador tinha mais a conversar com o bicheiro do que com a sua própria família, tanto que dele recebeu de presente um NEXTEL próprio para evitar grampos. Vá ser amigo assim nos quintos.

De lascar é que toda vez que um sujeito aparentemente limpo é pego em relações e atitudes deste naipe as pessoas honestas sentem um baque. A opinião pública é levada a pensar: "Não escapa ninguém, não vê o Demóstenes?" Neste momento, quem verdadeiramente se empenha em combater a corrupção ou, pelo menos, em prestigiar e  promover a honestidade se sente traído, com cara de bobo. Assim não dá.



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