As leis da FIFA e as nossas.

Se vingar, como parece, a agressão da FIFA ao direito do consumidor, ao estatuto do torcedor, ao estatuto do idoso e às leis estaduais que protegem estudantes, como nunca antes na história desse país estaremos nos curvando a interesses que seguramente não podem ser colocados acima da dignidade e da honra nacional.

A questão que se coloca é que, ao escolher o Brasil para sede da Copa do Mundo de 2014, a FIFA já sabia da vigência de leis que, por exemplo, proíbem a venda de bebidas dentro dos estádios. Não dá pra depois disso impor regras que desfazem as normas atuais. Se, em alguma hipótese, as leis tivessem sido criadas depois da escolha, talvez coubesse alguma negociação pois se presumiria que teriam surgido para beneficiar grupos na Copa. Mas não é o caso. As exigências da FIFA não podem se sobrepor aos interesses nacionais que, por definição, sustentam as leis vigentes.

Se nossas autoridades cederem de alguma forma nesta questão, é melhor procurar um esporte que seja jogado de cócoras.

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