Tião Viana em "Veja".
Leio a entrevista do Senador Tião Viana na edição da revista "Veja" desta semana.
Ver emCOMENTO
Não tenho dúvidas em afirmar que o Senador Tião Viana, juntamente com seu irmão Jorge Viana, são os maiores políticos que o Acre já teve e, certamente, terá nas próximas décadas. Homens que identificaram a oportunidade e chegaram ao poder com um projeto e um método. Antes de completarem 40 anos de idade já detinham a hegemonia política do Acre. Já se vão 10 anos. Outro tanto, pelo menos, estão prometidos.
Para demonstrar que não são da mesma espécie dos frequentadores do lupanar em que se transformou a política nacional nos últimos anos, de vez em quando são obrigados a distribuir algumas pauladas. Desta vez sobrou para o Congresso (uma especie de balcão onde são negociados, no atacado ou no varejo, apoios ao governo), para o PMDB (essência do fisiologismo) e para o próprio presidente Lula (nada fez para evitar a desconstrução e a perda de autoridade moral do Congresso).
Na entrevista o Senador nos dá um pista muito boa do que fazer para alterar radicalmente a imagem do Congresso Nacional: acabar com o fisiologismo, isto é, eliminar a moeda de troca que sustenta o pragmatismo deletério das nossas instituições políticas.
Talvez o primeiro passo neste sentido seja acabar com todas as emendas parlamentares, este verdadeiro chicote perante o qual se ajoelham os deputados e senadores em qualquer governo. Outro passo importante, estabelecer que toda licença ao cargo eletivo para exercício de função executiva seja definitiva. Sem essa de tirar férias no Executivo e voltar para o Legislativo às vésperas da eleição com o embornal cheio realizações, aparições na mídia e recursos não contabilizados. Outra boa medida seria criar mecanismos de prestigio do mérito nas nomeações pra cargos comissionados. Carteirinha de partido jamais deveria ser passaporte para o alto escalão. Outros passos seguirão estes, os principais.
Certamente não faltarão oportunidades para que o Senador Tião Viana exerça, ele próprio, com toda firmeza, as ações políticas e administrativas que sepultem de vez o fisiologismo como prática detestável na relação entre executivo e legislativo. Esperemos.
Comentários
Postar um comentário