Os canalhas também envelhecem



Sob a presidência do senador sem votos Paulo Duque, o Conselho de Ética(sic)arquivou ontem as representações contra Sarney e Artur Virgílio.

Comento

Aos 81 anos de idade, senador sem precisar de um voto sequer mercê deste kafkiano sistema eleitoral brasileiro, o Senador Paulo Duque cumpriu ontem seu papel com o rigor de um pistoleiro à antiga. Prometeu e entregou o cadáver da ética que por dever de função deveria proteger.

Seus braços levantados e seu sorriso cínico exibidos perante as câmeras de TV após o fato me lembraram esta frase, dita pela escritora cearense Rachel de Queiroz sobre a rendição do Marechal Petain aos nazistas em 1940. Paulo Duque não é nenhum Petain, é apenas mais um desses políticos de carreira, antigos, atrasados, viciados em conchavos e troca de favores. Um ser menor, mas dele pode-se dizer como Rachel de Queiroz.

Certamente não foi o único naquela cena grotesca de ontem, mas foi, por sua idade e pelo cargo que ocupa, o mais legítimo representante de uma espécie de políticos que precisa ser urgentemente derrotada. Em alguns casos, enterrada.

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