Em 2012 tem espetáculo? Tem, sim senhor!
A Rede Globo deu ontem no Jornal Nacional a partida na movimentação jornalística que antecede a reunião que acontecerá no próximo ano no Brasil para tratar das questões ambientais. Será a Rio + 20. No centro, segundo a matéria, as mudanças climáticas e o que as nações estão fazendo para contê-las, supondo, obviamente, que decorrem das emissões de CO². Como teve que mostrar imagens de grandes nevascas recentes, o JN se absteve de falar em aquecimento global.
Hoje também, a moça da foto, Jill Duggan (JD), da Direção-Geral da Comissão Europeia de Ação Climática, especialista da CE sobre Mercados de Carbono e Mudanças Climáticas e chefe de operações da Grã-Bretanha internacional de emissões, em visita à Austrália deu entrevista ao jornalista Andrew Bolt (AB), do jornal britânico Herald Sun.
Vejamos alguns trechos em português. A entrevista em inteiro teor pode ser vista AQUI.
AB: O seu objectivo é reduzir as emissões na Europa em 20% até 2020?
JD: Sim.
AB: Pode me dizer aproximadamente quanto, em bilhões, voce acha que vai custar para a Europa
JD: Não, eu não posso te dizer, mas eu sei que o modelo mostra que é mais barato começar mais cedo.
AB: É verdade. Você não iria discordar do professor Richard Tol, que não é um cético, é professor da Investigação Económica e Social Institute, em Dublin? Ele avalia em cerca de US $ 250 bilhões. Você iria discordar disso?
JD: Eu provavelmente iria, na verdade, quer dizer, eu não sei. É muito, muito difícil de quantificar.
AB: Se a Europa sozinha fizer este grande investimento vai diminuir a temperatura do mundo - com uma meta de 20% até o final deste século,em 0,05 ° C. Discorda disso?
JD: Bem, eu acho que a ciência do clima não é precisa. É?
AB: Na verdade é, Jill. Eu estou curioso, você está no comando de um grande programa de reformulação de uma economia. Você não sabe quanto custa. E você não sabe o que ele vai conseguir.
Na continuidade da entrevista que foi dada a uma rádio, o Andrew Bolt terminou por chamar a dirigente européia de palhaça.
Como se vê, entre as maiores autoridades mundiais na questão climática, há quem não saiba quanto custa nem quanto pode alcançar em redução de temperatura o esforço das nações. É como iniciar uma viagem sem saber quanto dinheiro vai levar nem aonde vai chegar. Neste ritmo, no próximo ano teremos um grande circo por aqui.
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