A mulher de César.
O que vai abaixo em azul retirei daqui
A história conta-se que terá tido lugar no 1 de Maio do ano 62 a.C., há precisamente 2067 anos.
Nesse dia festejava-se a Bona Dea (“a boa deusa”) em casa de Júlio César, recentemente eleito pontifex maximus (sacerdote supremo). Tradicionalmente, o acesso a estas festas estava reservado às mulheres. Pompeia Sula, segunda mulher de Júlio César, era a jovem e bela anfitriã do que era conhecido como uma orgia báquica reservada ao sexo feminino. Nesse ano as festividades acabaram em escândalo: Publius Clodius, jovem nascido em berço de oiro, mas conhecido pela sua insolência e audácia, estando apaixonado por Pompeia, não resistiu. Disfarçou-se de tocadora de lira e introduziu-se em tão reservada celebração. As coisas correram mal a Publius Clodius que acabou por ser descoberto por Aurélia, mãe de César, sem usufruir da bela Pompeia.
O escândalo correu por Roma o que levou César a divorciar-se de Pompeia. Publius Clodius foi acusado de sacrilégio e julgado em tribunal. O povo estava com Clodius e César, chamado a depor como testemunha, disse que nada tinha, nem nada sabia contra o suposto sacrílego. Foi o espanto geral entre os senadores: “Então porque se divorciou da sua mulher?”. A resposta tornou-se famosa: “A mulher de César deve estar acima de qualquer suspeita”.
A mulher de César ficou eternamente sob suspeita. Publius Clodius beneficiou da demagogia de Júlio César e do receio dos senadores de perderem apoio popular.
Entre nós a frase generalizou-se para "Não basta ser honesto. Tem que parecer honesto", o que cuida então da aparência, mas não encobre a necessidade de ser honesto.
Recentes episódios vindos do Amazonas envolvendo a mulher de um político acreano nos faz pensar nisto. Numa inversão obvia de palavras, não basta parecer honesto. Tem que ser honesto. Gente useira e vezeira em usufruir de benesses do dinheiro público conquistado por meios não republicanos corre o risco de ser desmascarada a qualquer tempo. A pose de vestal cairá por terra e se cobrirá de lama.
E agora? Com que cara o sujeito vai ao samba das eleições tendo que explicar nas barras da justiça sinecuras que usufruiu através da própria esposa? A avareza, a ambição desmedida, a dissimulação e o mau caratismo retratado em caraminguás amazonenses recebidos mensalmente de forma ilícita e imoral.
Como venho dizendo neste bloguinho, a verdade será revelada. Isto é só o começo.
A história conta-se que terá tido lugar no 1 de Maio do ano 62 a.C., há precisamente 2067 anos.
Nesse dia festejava-se a Bona Dea (“a boa deusa”) em casa de Júlio César, recentemente eleito pontifex maximus (sacerdote supremo). Tradicionalmente, o acesso a estas festas estava reservado às mulheres. Pompeia Sula, segunda mulher de Júlio César, era a jovem e bela anfitriã do que era conhecido como uma orgia báquica reservada ao sexo feminino. Nesse ano as festividades acabaram em escândalo: Publius Clodius, jovem nascido em berço de oiro, mas conhecido pela sua insolência e audácia, estando apaixonado por Pompeia, não resistiu. Disfarçou-se de tocadora de lira e introduziu-se em tão reservada celebração. As coisas correram mal a Publius Clodius que acabou por ser descoberto por Aurélia, mãe de César, sem usufruir da bela Pompeia.
O escândalo correu por Roma o que levou César a divorciar-se de Pompeia. Publius Clodius foi acusado de sacrilégio e julgado em tribunal. O povo estava com Clodius e César, chamado a depor como testemunha, disse que nada tinha, nem nada sabia contra o suposto sacrílego. Foi o espanto geral entre os senadores: “Então porque se divorciou da sua mulher?”. A resposta tornou-se famosa: “A mulher de César deve estar acima de qualquer suspeita”.
A mulher de César ficou eternamente sob suspeita. Publius Clodius beneficiou da demagogia de Júlio César e do receio dos senadores de perderem apoio popular.
Entre nós a frase generalizou-se para "Não basta ser honesto. Tem que parecer honesto", o que cuida então da aparência, mas não encobre a necessidade de ser honesto.
Recentes episódios vindos do Amazonas envolvendo a mulher de um político acreano nos faz pensar nisto. Numa inversão obvia de palavras, não basta parecer honesto. Tem que ser honesto. Gente useira e vezeira em usufruir de benesses do dinheiro público conquistado por meios não republicanos corre o risco de ser desmascarada a qualquer tempo. A pose de vestal cairá por terra e se cobrirá de lama.
E agora? Com que cara o sujeito vai ao samba das eleições tendo que explicar nas barras da justiça sinecuras que usufruiu através da própria esposa? A avareza, a ambição desmedida, a dissimulação e o mau caratismo retratado em caraminguás amazonenses recebidos mensalmente de forma ilícita e imoral.
Como venho dizendo neste bloguinho, a verdade será revelada. Isto é só o começo.
Antes tarde do que nunca...
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