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Os ombros são largos, mas se a carga é torta...

Hoje os dois principais candidatos à presidência da república fizeram suas despedidas. A Dilma, da Casa Civil, o José Serra, do governo de São Paulo. Ambos falaram e deram o tom. Pelo que li dos discursos de um e de outro, a Dilma não se incomoda de continuar sendo marionete do Lula. Até prefere. Parece acreditar que não existe mesmo, que não precisa ser diferente, que não precisa ter personalidade. Aposta na popularidade do seu “senhor”, na máquina do partido e nas alianças indistintas para se eleger. Se ancora no PAC, mesmo que menos de 15% tenha sido realizado efetivamente. Apóia-se no batente alto do padrinho para se levantar. Considera-se parte de uma era, não reivindica protagonismo. Sinceramente, penso que até para ser poste tem limite. Não dá pra iniciar uma pré-campanha com Lula dizendo “se quiserem me derrotar...”. Isto é uma absurda demonstração de fraqueza da candidata. Lula, afinal, não é candidato. Sou levado a pensar que a dificuldade da Dilma está justamente nisto. Nã...

Pré-sal. Querem tirar 400 milhões de reais anuais do Acre.

Como venho defendendo aqui neste Blog há meses, o pré-sal não pode ser estadualizado pelo Rio de Janeiro e Espírito Santo. A emenda Ibsen Pinheiro/Humberto Souto/Marcelo Castro repõe as coisas e a grana no devido lugar. Agora não podemos permitir que tirem mais de 400 milhões de reais do Acre, por exemplo. Em artigo publicado AQUI  o deputado do PMDB do Piauí, Marcelo Castro esclarece. Abaixo vai um trecho. "Só para exemplificar, em 2008 foram gerados 23 bilhões de reais de royalties e de participação especial (um tipo de royalty). Desses, 10 bilhões de reais ficaram com a União. Dos 13 bilhões de reais restantes, que foram divididos por todos os Estados e municípios brasileiros, o Rio de Janeiro (Estado e municípios), sozinho, ficou com R$ 10, 3 bilhões. Um único município carioca, o de Campos, recebeu R$ 1,2 bilhão. Isso é mais do que todos os 224 municípios do Piauí receberam, juntos, de FPM (Fundo de Participação dos Municípios). Campos é uma cidade do porte de Olinda ...

Imperdível! Vídeos do fórum “Democracia e Liberdade de Expressão”, do Instituto Millenium.

Como fazem falta os JORNALISTAS! "Na hora em que a imprensa decidir defender os valores da democracia... e que não se vai dar trela a quem quer solapar esses valores, começa a mudar certa cultura..." Reinaldo Azevedo. AQUI O partido de militantes é um partido de corrosão de caráter. Voce não tem mais promotor de justiça, não tem mais juiz. Voce tem militantes." Roberto Romano. AQUI "O espírito do capitalismo e a liberdade de expressão estão sendo minados no Brasil". Denis Rosenfield. AQUI "O PT é produto da democracia, mas celebra a Venezuela de Chaves e a Cuba dos Castro". Demétrio Magnoli. AQUI AQUI  voce pode ver ainda outros JORNALISTAS.

De PAC em PAC, lá vem a Dilma subindo a ladeira. Atrasada.

Era uma vez um PAC. A estrela do governo, a miríade que resgataria da pobreza e do subdesenvolvimento o povo brasileiro. Nunca-antes-neste-pais se viu cifras tão elevadas, metas tão arrojadas, agenda tão articulada. Até aquele seu emprestimozinho no CDC estava no PAC. Contido pela burocracia estatal e pela incompetência de gestores escolhidos conforme a tonalidade da cor da camisa, o rico PAC não andou. Dos cem metros previstos, percorreu apenas treze. Só tem fôlego para mais trinta e poucos. Jamais alcançará a linha de chegada. O que fazer, se a ladeira é assim tão íngreme e os músculos não agüentam o peso do próprio corpo? Ah! Já sei! Vamos aumentar a distância, para duzentos metros. Lançamos o PAC II. Ganhamos tempo e permanecemos na corrida. Mas, se não alcançou os cem primeiros, como poderia alcançar os duzentos? Não importa. Depois lançamos um PAC III. Não seria melhor livrar-se das amarras, deslindar os nós administrativos, mudar os operadores preguiçosos, ou, quem sabe, refaz...

Tática obtusa - resultado funesto.

Uma tática muito utilizada na política é a de antecipar os fatos e, com isto, realizá-los, mesmo quando antes seriam considerados improváveis ou indesejáveis. Uma aposta em que o futuro se encarregará de "ajeitar as coisas" conforme os objetivos. Quer se assemelhar à profecia que se auto-realiza. Sinceramente, jamais acreditei na espécie. A precipitação do indesejável não altera o caráter falso de seus fundamentos. O resultado quase sempre é a derrota.

Nem água fria nem raciocínio torto. Apenas bom senso.

“De modo estrito, o senador representa o Estado, portanto suas respostas estão necessariamente vinculadas a uma agenda de governo, consequentemente, ao projeto de governo ao qual se alia.” Apesar da refutação que mereceu do extraordinário jornalista Archibaldo Antunes, mantenho o texto acima. E esclareço. Assim como os candidatos ao senado pela FPA no Acre vão pendurar-se no projeto governista, maximizando seus resultados favoráveis e escondendo seus fracassos, tornando-se em vista disso reféns do julgamento que a população fará da “florestania”, os candidatos da oposição terão que centrar suas campanhas na crítica ao modelo vigente e no apoio a um projeto alternativo. Alguma dúvida em relação a isto? Não me parece que haja espaço para candidaturas personalistas, de algum ser carismático que paire acima dos partidos e de seus projetos. E isto é bom, porque ao cabo o que interessa é o que cada um dos lados tem a oferecer em benefício da população e não o grau de simpatia do candidato...

A unidade é condição necessária, mas não suficiente.

Confirmado o acordo noticiado ontem pelo jornalista Luis Carlos Moreira Jorge, entre PMDB e PSDB, para o lançamento de uma chapa única aos cargos majoritários, vencendo a resistência legítima, mas pouco sensata, do Tião Bocalom e de seus altos conselheiros, as oposições estarão dando um passo importante para o enfrentamento das eleições deste ano no Acre. Ganhar, porém, é outra história. Isto se aplica ao Governo e ao Senado. Explico. Aliás, explico de novo. Escrevi em 2008 um artigo publicado pelo jornal “A Gazeta” cujo título era “O eleitor vota no quê ou em quem?”, no qual defendia a tese de que o cidadão tem dois estilos de voto. Um, para a eleição proporcional, é quase íntimo, é mais emocional, mais afetivo, mais pessoal. O deputado ou vereador é aquele que vai falar em seu nome. Quanto mais a sua linguagem, seu comportamento e seus interesses se aproximam dos seus, mais o eleitor se identifica com ele e lhe confia o voto. Neste caso o eleitor vota em quem. Para os car...