Os catadores de lixo e os catadores de voto.

Os jornais e TV's foram inundados hoje com as imagens de um casal de catadores de lixo moradores de rua que encontraram e devolveram ao dono 20.000 reais encontrados por acaso. Que noticia fantástica, não é mesmo? Justo agora que se aproxima o julgamento do mensalão e uma cachoeira de ratos sai por todos os buracos da estrada que leva da Delta ao Congresso, passando por Goiás, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Palmas e sabe-se lá que recantos deste imenso Brasil.

Em nosso país qualquer história de gente honesta vira notícia de ampla repercussão. Já a bandalheira virou rotina. Todos os anos o brasileiro dedica alguns meses de seu tempo a acompanhar noticias banais de corrupção. Senadores, deputados e ministros se equilibram como podem. A questão é saber quem vai ser pego e quando, como se soubéssemos de antemão que todos são ladrões. Uma espécie de roleta russa ameaça os nossos parlamentares e membros do governo.

Os honestos estão onde sempre estiveram, no meio do povo. Em entrevista por telefone a várias emissoras de TV, a mãe do catador que não vê o filho a 13 anos, uma pobre mulher maranhense, disse que o filho fez apenas a sua obrigação, nada demais. Ela o educou assim mesmo, sendo honesto, não possuindo nada que não possa justificar. Que bela lição às vésperas das eleições e do tsunami de bandalheira e gastos improbos vem por ai.

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