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Mostrando postagens com o rótulo reforma agrária

Alô Assuero! O Jaime Amorim vem ai.

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                                          Foto da Veja Com tanta noticia de Bruno e do filho da Cissa algumas coisas passam em branco no noticiário. Uma muito bacana vem de Pernambuco onde Jaime Amorim, um dos chefões do MST, declarou recentemente que depois das eleições que ele espera seja com Dilma presidente, a luta do MST vai levantar outra bandeira. Sua proposta é de que nenhuma propriedade rural seja maior que 500 hectares. Segundo ele, passou disso, a área deve pertencer ao Estado. Assim, vai sobrar terra para que os sem-terra ocupem espaço. De preferência, já plantada, com máquinas, casas e armazéns. Que tal?

A reforma agrária passará pelo parlamento?

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A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural aprovou nesta quarta-feira o Projeto de Lei 5887/09 , do deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), que condiciona a desapropriação de terras para fins de reforma agrária à prévia autorização do Congresso Nacional. O PL tramita em caráter conclusivo, o que salvo duas circunstâncias específicas desobriga-o de ir a plenário. Se prosperar, trata-se sem dúvida de um duro golpe na rotina invasão-desapropriação que move a reforma agrária nos dias de hoje e, obviamente, no MST, que se alimenta deste processo. Trazer a reforma agrária para o parlamento em sua origem, ou seja, no processo de aquisição fundiária pode significar por um lado, maior clareza e, por outro, mais burocracia e tempo já que não se fixou limites mínimos, ou seja, todas as desapropriações, independentemente do tamanho da área estariam submetidas ao rito estabelecido. Em seu parecer, o Deputado Luis Carlos Heinze, relator do PL afirma que “Chega em b...

Tem grilo na concentração da terra

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Em debate ontem (sábado) na Globo News, o ex-Ministro Raul Jungman, atual deputado federal pelo PPS de Pernambuco, introduziu um dado crítico. O IBGE comete erro gravíssimo na estimativa dos índices de concentração da posse da terra, o que distorce a tomada de decisões. COMENTO A constatação é simples. O método não exclui do cálculo as áreas indígenas, reservas florestais etc. Isto é suficiente para elevar o indicador fortemente, levando à opinião pública uma informação distante da realidade. O certo seria expurgar da base de cálculo estas áreas e considerar exclusivamente a área apropriada e “apropriável” pelo setor privado. Seguramente a participação das pequenas propriedades no total da área seria muito mais representativa e, com isto, seria reduzido o índice de GINI que estima a concentração da propriedade agrária. De fato não faz nenhum sentido considerar no cálculo áreas que por Lei jamais serão apropriáveis pelo setor privado, ou se quisermos, jamais serão objeto de ocu...

Pesquisa do IBOPE, MST e favelização rural.

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Pesquisa do IBOPE encomendada pela CNA - Confederação Nacional da Agricultura revela favelização rural, reassentamentos e miséria no campo. COMENTO Aos números. Não produzem nada – 37%. Não tiveram acesso ao Crédito Rural – 75%. Jamais frequentaram algum curso de qualificação – 83%. Não produzem sequer o suficiente para o próprio consumo – 73% Não são assentados originais – 55%. Renda de até um salário míninmo – 40%. Parece o censo de uma favela. De certo modo, é. São dados colhidos em pesquisa realizada com amostragem de Mil famílias em nove assentamentos do INCRA. Revelador para muitos, mas não para quem conhece o setor. Os que não produzem nada muito provavelmente pertencem a uma parcela cada vez mais significativa de assentados que não possuem qualquer vocação agrícola. São excluídos da economia urbana, cooptados à granel para engrossarem a fila dos sem-terra e dar força e visibilidade ao movimento. São sem-terra tanto quanto são sem-emprego, sem-renda, sem-casa, sem-conta no banc...

Em quatro anos o MST recebeu 115 milhões de reais do Governo para substituir o Governo.

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A informação foi dada pelo Ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, ao Deputado Ronaldo Caiado do Democratas. COMENTO Escrevi há algum tempo, ainda quando trabalhava no INCRA, que um grave problema brasileiro é que estávamos fazendo uma reforma agrária tardia, recriando então uma agenda defasada e conflitos idem, porém em ambiente moderno. Hoje, a visibilidade, a comunicação e organização, o acesso aos meios de mobilização etc., são extremamente ágeis, proporcionando aos movimentos sociais como o MST, variadas formas de ação. Entre elas o acesso a recursos públicos. Outra, a influência na nomeação de dirigentes de organizações do estado. Mais uma, as alianças pragmáticas com partidos, associações, sindicatos e igreja. Por outro lado, o Brasil cresceu muito e urbanizou-se. Em 1950 36% da população viviam nas cidades, hoje são 85%. Em 1970 havia 3.972 municípios, hoje são 5.564. A obrigatória proximidade dos centros urbanos oferta e ao mesmo tempo atrai contingentes para o...

O "laranjal" do MST

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Plantação de laranjas em fazenda invadida pelo MST em São Paulo começou a ser destruída pelo grupo. Líderes justificam: “Vamos plantar feijão. Ninguém vive só de laranja.” COMENTO Para quem de alguma forma tem vínculos com a agricultura, seja por formação, profissão ou herança familiar (é o meu caso – agrônomo, filho de agricultor e proprietário rural) a cena mostrada pela TV Globo ontem à noite é estarrecedora. Membros do MST invadiram a fazenda, pegaram o trator da fazenda, abasteceram com o óleo diesel que tinha na fazenda e até serem flagrados passaram por cima de pelo menos sete mil pés de laranja da fazenda. Como se sabe, não se tratava de substituição de lavouras muitas vezes própria de uma perspectiva de rotação de culturas e aproveitamento intensivo da área agronomicamente indicado. Por todos os motivos não pode ser agricultor quem age desta forma. Para alguém que se move pelo sentimento de amor à terra e pelo desejo de fazê-la produzir alimento, tratorar o pomar daquele jeito...