Postagens

Mostrando postagens com o rótulo imprensa

Os ossos e os prazeres do oficio

Um ponto interessante da fala da dona Dilma em relação ao recuo na faxina é que lidar com a corrupção "são ossos do ofício". A frase demonstra um certo desprazer em faxinar a república, em mandar pra casa ou pra cadeia subordinados corruptos, em destituir chefes lenientes e incompetentes, em dissuadir aqueles que pretendem enriquecer e fazer carreira política às custas das tetas governamentais, em tocar pra fora a parentalha de autoridades que gruda no prestígio para intermediar contratos e facilidades. Se considerarmos que a sujeira toda significa bilhões de reais escorrendo pelo ralo da corrupção para os bolsos e campanhas políticas de gente corrupta, penso que a tarefa da faxina seria gratificante ao invés penosa. Não há nada que dê mais prazer a uma pessoa honesta do que ver descoberta e punida uma maracutaia. Ficou a impressão de que nesta questão a presidente vai continuar pautada pela imprensa. Tipo assim: A Veja denuncia, aí se o caso for muito escabroso mesmo, daqu...

Extra! Extra! "Eles" estão chegando.

Não. Não conheço em profundidade as causas da violência. Não sei falar da questão da segurança como de outros assuntos. De violência eu entendo apenas o sentir e o sofrer. E sinto. Sinto muito que o Acre esteja enfim revelando-se de tal modo violento e perigoso. Penso, contudo, que não se trata de um processo explosivo, agudo, como se de uma hora para outra os criminosos de prática e de mente despertassem para a ação, fazendo reféns, assaltando à luz do dia, invadindo casas e lojas, vilipendiando jovens e crianças, humilhando famílias, matando inocentes. Não há uma horda de assassinos saqueando uma cidade indefesa. O que parece razoável afirmar é, por um lado, que o caldo de cultura em que se desenvolve a violência começa a produzir safra maior e frutos mais podres e, por outro, que por alcançar as classes mais abastadas, já não é possivel escondê-la. Lembro que ouvi por diversas vezes de um dono de jornal em Rio Branco, em 2006, que a noticia que mais incomodava o governo er...

Demóstenes - nome não é destino.

Pela transcrição da fita da gravação que acabou em safanões, é obvio que o entrevistador pisou na bola. Coisa jamais vista. Portou-se como membro de partido, como pitbull do governo, o que, convenhamos, o desqualifica completamente para conduzir uma entrevista. O João Correia merece, isto sim, o pedido de desculpas da emissora e de todos os jornalsitas do Acre. E também a solidariedade dos políticos acreanos. Desta vez foi o João, na próxima... Creio mesmo que cabe ao João, em vista da repercussão do fato em TV's e jornais nacionais, pedido de reparação perante a justiça. Danos morais relevantes foram causados à imagem do candidato.

O diabo em festa.

Está ficando como o diabo gosta. No Acre, entrevistador e entrevistado trocam sôcos e pontapés, no Maranhão, mais uma vez o lançamento de livro Honoráveis Bandidos (sobre os Sarneys) vira pancadaria e confusão, a revista Época traz reportagem destrinchando a participação da dona Dilma em ações que incluiam dinheiro obtido em assaltos e uso de armas, a revista Veja traz uma reportagem com Wagner Cinchetto (ex capa-preta da CUT) esclarecendo um pouco do submundo sindical posto a serviço de campanhas eleitorais - tramas contra o Lula, Serra, Ciro Gomes e Roseana Sarney, o Estadão denuncia operações fraudulentas da Rosena Sarney com o Banco Santos. Certamente a coisa não pára nisto. Em cada estado alguém está ou estará sendo "linchado" por estes dias. Incólume a tudo isto, o Presidente Lula paira tranquilamente nas nuvens da popularidade. De uma hora pra outra ficou hipersensivel. Como diz um amigo no Acre, "está chorando mais do que mulher apartada". Mas neste ...